Uma nova trilha está sendo construída no Morro de Santo Antônio, uma unidade de conservação permanente, tem gerado questionamentos desde que foi vista por moradores da região. No entanto, depois de algumas contradições, o Governo do Estado assumiu ser o responsável pela obra.
Apesar da divergência, foi constatado que, tanto o asfaltamento quanto a construção da trilha, estão sendo executados pela a administração estadual.
Segundo informações da Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso), no fim de novembro, um projeto elaborado e apresentado pela Sinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso) recebeu licença para a execução de topografia, limpeza e instalação do projeto executivo.
A Sema também informou que está sendo elaborado um plano de manejo da unidade de conservação.
O Primeira Página entrou em contato com a Sinfra para esclarecer sobre a responsabilidade pelo desmatamento e pela trilha no Morro de Santo Antônio.
A secretaria informou que está executando a pavimentação asfáltica da MT-040 até o pé do morro. O que está sendo feito fora disso não é responsabilidade da Sinfra.
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No entanto, a Secom (Secretaria de Comunicação de Mato Grosso) informou, por meio de nota que, “o trabalho de desmate foi realizado pela MT Par e, era necessário, para que a Sinfra pudesse elaborar o projeto executivo para implantação da nova trilha de pedras, entre as trilhas já existentes.”
Ainda segundo a nota da Secom, as trilhas antigas serão mantidas.
Segundo Edilene Fernandes do Amaral, consultora jurídica do Observa-MT, o problema não está na obra em si, mas na forma como está sendo conduzida.
“O que defendemos é que as unidades de conservação devem ser visitadas, pois é para isso que elas existem, para interagir com a comunidade. E, claro, a acessibilidade é importante”, comentou ela.
Porém, o que não está claro para o Observatório é “por que o estado de Mato Grosso tem pressa em executar a obra, sem esperar que o plano de manejo que já está em elaboração fique pronto? E, caso o plano de manejo indique que essa não era a melhor solução técnica para que a obra fosse realizada?”.
O questionamento do Observatório ainda não foi respondido pelo Estado.