Coreia do Sul: Presidente interino tenta tranquilizar aliados e mercado

CNN Brasil


O presidente interino da Coreia do Sul, Han Duck-soo, está tomando medidas para tranquilizar os aliados do país e acalmar o mercado financeiro, um dia depois do presidente Yoon Suk Yeol ter sido suspenso das suas funções devido a uma tentativa de lei marcial.

Han se reuniu com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por telefone, conversando com a Casa Branca e o gabinete de Han.

Em conversa por telefone, Han conversou com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre a relação entre os dois países.

“A Coreia do Sul implementará as suas políticas externas e de segurança sem interrupções e vai se esforçar para garantir que a aliança Coreia do Sul-EUA seja firmemente mantida e desenvolvida”, afirmou o gabinete do presidente em exercício, por meio de um comunicado.

Em mais uma tentativa de estabilizar a liderança da nação asiática, o principal partido da oposição anunciou que não tentaria acusar Han do seu envolvimento na decisão da lei marcial de Yoon no dia 3 de dezembro.

“Considerando que o primeiro-ministro já foi confirmado como presidente interino e que impeachments excessivos podem levar à confusão no governo nacional, decidimos não continuar com os processos”, afirmou o líder do Partido Democrata, Lee Jae-myung.

Os promotores afirmaram que Yoon não apareceu na manhã de domingo em resposta a uma convocação para interrogatório numa investigação criminal sobre a sua decisão de lei marcial, e prometeram emitir outra ordem, informou a agência de notícias Yonhap.

Yoon e outros oficiais de alto escalão enfrentam possíveis acusações de insurreição, abuso de autoridade e obstrução ao exercício de direitos por parte das pessoas.

“Espero que ele exerça um mínimo de poder para operar o país de maneira estável, em vez de se envolver ativamente nos assuntos de Estado”, disse Jo Sung-woo, 39, residente em Seul, sobre o papel de Han como presidente interino.

Alguns apoiadores de Yoon manifestaram-se na área central de Seul.

“Não suporto ver esses legisladores que são eleitos através de eleições fraudulentas. Agora esse partido da oposição está assumindo o poder por conta própria”, disse Yim Joung-sook, 55.

AMEAÇA NORTE-COREANA

A declaração de lei marcial de Yoon e a crise política que se seguiu assustaram os mercados e os parceiros diplomáticos da Coreia do Sul, preocupados com a capacidade do país de deter a Coreia do Norte, que possui armas nucleares.

Biden disse a Han que a aliança inquebrável entre os EUA e a Coreia do Sul permaneceu inalterada, e que Washington trabalharia com Seul para desenvolver e fortalecer ainda mais a aliança, incluindo a cooperação trilateral, com o vizinho Japão.

Segundo Philip Turner, ex-embaixador da Nova Zelândia na Coreia do Sul. os parceiros do país gostariam de ver uma liderança confiante e constitucional implementada o mais rapidamente possível.

“Eles estão satisfeitos em ver o primeiro-ministro assumir o cargo de presidente interino”. “Ele é capaz, experiente e altamente respeitado em capitais estrangeiros”, acrescentou Turner.

CONSEQUÊNCIAS ECONÔMICAS

As ações sul-coreanas aumentaram pela quarta sessão consecutiva na sexta feira (13), na esperança de que a incerteza política seja reduzida após a votação do impeachment no parlamento.



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