O coronel da reserva Etevaldo Caçadini, preso no 44º Batalhão de Infantaria em Cuiabá por financiar a morte do advogado Roberto Zampieri, está à beira da morte, de acordo com a sua defesa.
De acordo com os advogados que representam Caçadini, a Justiça está mantendo-o em uma prisão “torturante, ilegal e sem precedentes no Brasil”.
Com câncer metastático no rosto, boca e pele, além de problemas cardíacos, o militar definha em uma cela sob temperaturas que ultrapassam 40°C, agravando seu sofrimento, afirma os advogados.
“A prisão dele passa dos limites humanos, legais e éticos .Nunca se existiu em todo território Brasileiro uma prisão dessa. Ele está quase vindo a óbito”, afirmou a advogada Sarah Quinetti.
A acusação que o mantém preso
Caçadini é acusado de pagar R$ 40 mil pelo assassinato do advogado Roberto Zampieri em 2023. Dois outros envolvidos, o suposto atirador e o dono da arma confirmaram à polícia que o militar encomendou o crime.

Ex-subsecretário de Segurança em Minas Gerais no governo Romeu Zema, o coronel foi transferido para Cuiabá em janeiro, onde sua saúde piorou drasticamente.
“Nenhum ser humano deveria passar por isso”, diz defesa
O advogado do militar afirma que já apresentou laudos médicos, vídeos e fotos do estado crítico do coronel, mas a Justiça ignora os pedidos de prisão domiciliar.
“Não se trata de defender um inocente, mas de impedir uma morte anunciada”, diz. “Se fosse um preso comum, já estaria em casa. Estão matando ele aos poucos.”
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso ainda não se pronunciou sobre o novo pedido de liberdade.
-
Coronel do Exército preso por morte do advogado Zampieri presta depoimento