Coronel Rabelo foi quem representou o Intituto Homem Pantaneiro (IHP) no palco do Calderão do Huck deste domingo (15), durante a entrega de prêmios do “Melhores do Ano” da Globo. Presidente do projeto, ele luta a mais de 40 anos pela conservação do Pantanal de Mato Grosso do Sul.
O esforço do ex-militar teve início na década de 1980. Com o estado sul-matogrossense recém-criado, Rabelo ajudou a fundar a Polícia Militar Ambiental do MS, formando as primeiras equipes a combater crimes ambientais no Pantanal.
Em 2022, após cerca de 10 anos à frente da polícia, Rabelo se aposentou como coronel e fundou o IHP, que atua a mais de 22 anos pela conservação, recuperação ambiental e respeito à cultura pantaneira.
Chamado pelo apresentador do Jornal Nacional, William Bonner, como Guardião do Pantanal, o Coronel foi homenageado e, ao receber o prêmio, emocionou todos os artistas e personalidades célebres da Globo presentes, com um discurso de encher os olhos.
Você pode assistir ao “Melhores do Ano” ao vivo pela Globoplay.
O Coronel Rabelo citou a obra “O Fazedor de Amanhecer” do escritor Manoel de Barros e inspirou a todos ao compartilhar sua paixão pela própria terra.
“Manoel de Barros ainda nos fala: eu não caminho para o fim, eu caminho para as minhas origens. E é nas nossas origens, que está a oportunidade de nós não permitirmos que esse noticiário altamente qualificado passe notícias que o Pantanal está queimando. Quero mostrar as aves, quero mostrar a gente pantaneira que talvez você conhece. Um dos únicos biomas no planeta que foi ocupado por uma gente brava, guerreira e que não destruiu e não matou”, destacou.
O ativista agradece ainda aos 80 homens que na década de 80 ajudaram a impedir que a fauna do Pantanal fosse destruída e também a todos os brigadistas que atuam no bioma. Rabelo cita ainda os integrantes do prevfogo, do Corpo de Bombeiros e a brigada Alto Pantanal.
“Homens de coragem, homens que têm o compromisso e que renunciam como eu muitas vezes a presença da família, a presença dos filhos. Porque a grande maioria das pessoas têm compromisso com si mesmo e o compromisso com coletivo é um desafio que todos nós deveríamos assumir porque nós devemos de fato caminhar para as origens”, ressaltou.
Por fim, o Coronel se despediu com uma frase do escritor Manoel Barros:
“Somos todos devedores dessas águas”, conclui.
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