O Rio Madeira se aproxima da cota dos 2 metros na cidade de Porto Velho, em Rondônia, de acordo com o Boletim de Monitoramento Hidrológico divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) nesta terça-feira (6).
A marca indica a gravidade do cenário, já que se trata da menor registrada para o período. A seca que atinge a região, no entanto, pode ser amenizada com a chuva prevista para os próximos dias, provocando elevações dos níveis dos rios dentro do período de vazante.
Segundo o pesquisador em geociências do SGB e responsável pela operação do Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Madeira, Marcus Suassuna, foram observadas chuvas na área do Rio Mamoré, que fica em Guajará-Mirim, desde o último domingo (4). Esse volume pode impactar o cenário na Bacia do Rio Madeira, que está abaixo da faixa de normalidade, em especial em Porto Velho.
“Isso porque as águas que passam pelo Mamoré se juntam ao Rio Madre de Dios e formam o Madeira, chegando posteriormente à capital do Estado de Rondônia. Portanto, são esperados repiquetes nas próximas semanas”, explica Suassuna.
O Rio Madeira se encontra dentro da faixa de normalidade, com cota de 5,94 m, apenas em Guajará-Mirim. Na cidade de Nova Mamoré, na estação de Jirau Jusante Beni, tal medida é de 10,10 m. Em Ji-Paraná, a marca é de 6,27 m.
A baixa no volume do Madeira na região de Porto Velho pode ser explicada por conta das chuvas abaixo da média entre novembro de 2023 e abril de 2024. Por ter enfrentado uma seca severa, o volume de chuva não foi o suficiente para repor os níveis. A cota mais baixa da história do rio foi em 6 de outubro de 2023, com 1,10 m.
Ainda, é esperado que a seca deste ano seja tão grave quanto as dos últimos anos, de acordo com as projeções.
Compartilhe: