Crime em família em SC: “Na minha mãe não era nem para ter colocado a mão“

CNN Brasil


Um caso envolvendo o homicídio de um casal em Santa Catarina, no último mês de novembro, aponta para um crime premeditado e executado pelo filho do casal.

O casal foi assassinado por asfixia, na madrugada do dia 23 de novembro de 2024.

A Polícia Civil de Santa Catarina prendeu na manhã desta quarta-feira (5) um homem de 18 anos suspeito de ter participado da morte de um casal em Itajaí, no litoral norte do estado. A motivação, supostamente, estaria ligada ao interesse na herança, tendo em vista que o principal suspeito, iria se beneficiar do patrimônio do casal.

A reportagem da CNN teve acesso a documentos do caso e ao depoimento do principal suspeito de planejar e participar da execução do casal.

Acordo financeiro e crime

De acordo com a polícia, Walter, filho do casal, foi responsável por planejar e executar a morte da própria mãe e do padrasto, Susimara e Pedro Ramiro. As investigações apontam para a participação do cunhado de Walter, irmão da namorada, que teria recebido uma promessa de recompensa financeira no valor de R$ 10 mil.

Segundo depoimento do próprio Walter, ele e o cunhado abordaram o casal quando eles chegaram em casa, e por meio de asfixia, praticaram o crime. Walter abordou seu padrasto, Pedro Ramiro, enquanto o cunhado de Walter seria responsável pela morte de Susimara.

No mesmo depoimento, Walter disse ao delegado do caso que inicialmente, a intenção era matar somente o padrasto, mas devido a um imprevisto, o cunhado abordou e matou a mãe também.

“Um era para matar e o outro seria só para desmaiar. Na verdade, na minha mãe não era nem para ter colocado a mão”, disse Walter em depoimento.

Em depoimento para CNN, o delegado da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Itajaí (SC), Roney Gonçalves Alves, disse que essa versão se torna contraditória, uma vez que se o objetivo era ficar com a herança do padrasto, a genitora seria um empecilho para Walter, sendo ela a beneficiária direta do espólio do padrasto.

A polícia afirma também que a cena do crime foi manipulada para parecer um crime de latrocínio – roubo seguido de morte – com objetivo de enganar os investigadores. Para isso, alguns pertences das vítimas como bolsa, carteira e chaves foram levados.

Outro lado

Em nota, a advogada Flávia Adalgisa dos Santos Vaz, que faz a defesa do filho do casal assassinado, informou que ele está colaborando de forma proativa e segue comprometido em esclarecer os fatos de maneira transparente.



Fonte do Texto

VEJA MAIS

Membros da Torcida Jovem do Santos são condenados por morte de palmeirense

Dois membros da torcida organizada do Santos foram condenados a 24 anos de prisão pela…

Problemas na saúde? Justiça e MP vão a campo para avaliar antigo PS de Cuiabá

O Judiciário realizou uma inspeção no Hospital Pronto-Socorro de Cuiabá nesta quinta-feira (6) para verificar…

Suspensão de auxílio dos EUA prejudica esforços contra a fome no mundo

As medidas do governo de Donald Trump para cortar e modificar a forma como o…