O enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, disse, neste domingo (23), que o Hamas é responsável pelos novos combates em Gaza após rejeitar esforços para seguir adiante com o que tinha sido um “acordo aceitável”, mesmo tendo dito que estaria aberto a novas abordagens.
“Então isso é culpa do Hamas. Os Estados Unidos estão com o estado de Israel”, comentou Witkoff à Fox News. “O Hamas teve todas as oportunidades de se desmilitarizar, de aceitar a proposta de ponte”, ele acrescentou.
Após semanas de calma relativa na Faixa de Gaza, devido a um acordo de cessar-fogo alcançado em janeiro, as tentativas de concordar com uma extensão da paralisação dos combates estagnaram e Israel retomou os ataques aéreos e mobilizou tropas terrestres em áreas por toda a faixa.
Autoridades de saúde palestinas dizem que centenas de pessoas foram mortas nos últimos ataques.
O plano “ponte” de Witkoff, apresentado no início de março, visava estender o cessar-fogo até abril, além dos feriados do Ramadã e da Páscoa, para dar tempo para negociações sobre uma cessação permanente das hostilidades.
“Seríamos receptivos a um contato do Hamas? Claro que seríamos – não diferente do que no conflito russo (na Ucrânia). Queremos acabar com a matança, mas precisamos deixar claro quem é o agressor aqui, e esse é o Hamas”, ele afirmou.
Israel lançou sua campanha em Gaza depois que o Hamas atacou comunidades israelenses ao redor da faixa em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas, segundo uma contagem israelense, e sequestrando outras 251 como reféns.
Pelo menos 50.021 palestinos foram mortos e 113.274 feridos desde o início da guerra, relatou o Ministério da Saúde palestino em um comunicado.
