Delegações e ONGs defenderam a 29ª Cúpula do Clima nesta sexta-feira (15) depois que alguns ex-líderes das Nações Unidas disseram que a reunião não era adequada para o propósito.
Em uma carta aberta, publicada no meio do que até agora tem sido uma cúpula turbulenta, um grupo de ex-líderes e especialistas em clima disseram que as negociações da COP29 precisam ser reformadas.
O negociador-chefe da Aliança dos Pequenos Estados Insulares (AOSIS), Michai Robertson, disse que a cúpula é a única plataforma onde suas nações podem participar das negociações climáticas.
Separadamente, Cat Abreu, diretora do International Climate Politics Hub, declarou que o processo da COP, embora “imperfeito”, é a melhor opção disponível.
“Está claro que a mudança é possível neste processo, e há espaço para feedback construtivo para oferecer ideias para essa mudança. E acho que era isso que se pretendia com esta carta”, ela relatou aos repórteres.
Questionado sobre a carta e o processo geral, o negociador-chefe da presidência da COP29, Yalchin Rafiyev, disse: “O processo já deu resultado… até agora, reduzindo o aquecimento projetado, fornecendo financiamento para os necessitados – e é melhor do que qualquer alternativa.”
No entanto, Rafiyev expressou que o processo multilateral estava sob pressão e que a COP29 seria “um teste decisivo para a arquitetura climática global”.
Quase 200 países estão reunidos em Baku, capital do Azerbaijão, com o objetivo principal de concordar com uma nova meta para quanto dinheiro precisa ser fornecido para ajudar os países em desenvolvimento a se adaptarem às mudanças climáticas e se recuperarem do clima destrutivo.
Até o momento essas negociações fizeram pouco progresso.