Delegada diz que bebê indígena morreu por problemas respiratórios, mas abuso é apurado


A delegada Luciana Canaverde, responsável pela investigação da morte de um bebê indígena de 10 meses, esclareceu nesta sexta-feira (14) que o óbito não foi causado por abuso sexual, mas sim por complicações respiratórias. A criança faleceu no Hospital e Pronto-Socorro Municipal Milton Pessoa Morbeck, em Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá.

Suspeita de abuso sexual de bebê indígena segue em investigação. (Foto: Reprodução)

“A causa da morte não foi a violência sexual, mas sim dificuldades respiratórias. Segundo a mãe, o bebê apresentava febre e chiado no peito há cerca de uma semana e chegou a ser levado a uma unidade do Programa Saúde da Família (PSF) em Pontal do Araguaia”, explicou a delegada.

Saúde debilitada e demora na busca por atendimento

De acordo com as investigações, o estado de saúde do bebê se agravou nos dias seguintes, mas a mãe não o levou novamente ao atendimento médico. Somente quando a febre piorou, a criança foi levada às pressas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas não resistiu.

A família, que tem outros cinco filhos, já era acompanhada pelo Conselho Tutelar de Pontal do Araguaia, a 518 km de Cuiabá. O Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria dos Povos Originários, também foi acionado e monitora o caso.

“O MPF já recebeu cópias dos inquéritos instaurados e acompanha o andamento da investigação. É uma situação delicada, que exige cautela, pois não podemos atribuir (o abuso) à cultura indígena sem provas”, destacou a delegada.

Suspeita de abuso sexual ainda é investigada

Apesar da confirmação de que a morte ocorreu por complicações respiratórias, a suspeita de violência sexual ainda não foi descartada. O esclarecimento só será possível após a liberação dos laudos da necropsia, que estão sendo analisados pela perícia.

Relembre o caso

A bebê deu entrada no hospital na terça-feira (11), de acordo com informações da unidade hospitalar, apesar dos esforços médicos, morreu na unidade. O Conselho Tutelar foi acionado e comunicou o caso às autoridades competentes.

A médica legista que analisou o corpo relatou a possibilidade de abuso sexual, o que levou a abrir uma investigação. O corpo da criança foi encaminhado para exames de necropsia.

A direção do hospital informou que a vítima pertence à etnia Xavante.

O boletim de ocorrência foi registrado na quarta-feira (12). O caso segue sob investigação.

  1. Bebê indígena morre em hospital de Barra do Garças; suspeita é de abuso



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