descubra quais espécies habitam o bioma


Você sabia que no Pantanal, a maior planície alagada do mundo, esconde uma verdadeira comunidade de macacos? Sim, oito espécies diferentes desses primatas foram registrados nesse paraíso da vida selvagem. Mas você conhece as estrelas desse show? Para saber mais sobre esse mundo dos macacos pantaneiros, o Primeira Página conversou com o biólogo Pablo Edini. Confira abaixo:

Oito espécies diferentes de macacos foram registrados nesse paraíso da vida selvagem. (Foto: Pablo Edini)

De acordo com o biólogo, oito espécies foram vistas no Pantanal que são:

  • Macaco-da-noite (Aotus azarae)
  • Bugio-preto (Alouatta caraya)
  • Macaco-aranha-de-cara-preta (Ateles chamek)
  • Macaco-prego-do-pantanal (Sapajus cay)
  • Mico-estrela (Callithrix penicillata)
  • Sagui-de-rabo-preto (Mico melanurus)
  • Macaco-titi (Plecturocebus sp.)
  • Parauacu-de-Mittermeier (Pithecia mittermeieri)

Das espécies listadas acima, cinco realmente vivem no bioma, porém três espécies dominam a paisagem pantaneira, com características únicas e histórias fascinantes, essas se destacam por ter uma maior distribuição. Confira:

Sagui-de-rabo-preto (Mico melanurus)

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Sagui-de-rabo-preto não é considerado ameaçado devido à sua adaptabilidade a ambientes alterados (Foto: Pablo Edini)

O pequeno sagui-de-rabo-preto (Mico melanurus) é uma espécie que pode pesar até 400 gramas e medir até 60,4 centímetros, considerando o comprimento total do corpo e a cauda. Eles vivem em grupos de 5 a 15 indivíduos e apresentam hábitos arborícolas, ou seja, são animais que passam a maior parte do tempo se locomovendo ou vivendo entre árvores.

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(Foto: Pablo Edini)

“É uma espécie que tem uma ampla distribuição no Pantanal norte de Mato Grosso, eles são animais que se alimentam de pequenos animais, frutos, insetos, escavam orifícios em diversas espécies de árvores para extrair seiva e resina (exsudato), utilizando seus dentes adaptados para esse fim”

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(Foto: Pablo Edini)

Pablo explica que o sagui-de-rabo-preto não é considerado ameaçado devido à sua adaptabilidade a ambientes alterados. Mas, se até nós sofremos com os desmatamentos, eles sofrem bem mais, inclusive com incêndios florestais, pois impactam seus habitats.

Bugio-preto (Alouatta caraya)

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Bugio é um primatade médio porte que é conhecido por seu comportamento social e potente vocalização. (Foto: Pablo Edini)

Já o bugio-preto (Alouatta caraya), é um primata de médio porte que é conhecido por seu comportamento social e potente vocalização, já que é um dos mais intensos e mais facilmente identificáveis a grandes distâncias.

Segundo Pablo, os machos têm pelagem preta, enquanto as fêmeas são bege-amareladas, no qual apresentam um dimorfismo sexual, ou seja, são características em que indivíduos do sexo masculino e feminino apresentam diferenças físicas, não sexuais, externas.

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Os machos têm pelagem preta, enquanto as fêmeas são bege-amareladas. (Foto: Pablo Edini)

O bugio-preto pesam entre 5 e 9 quilos e podem medir até 1,32 metros de comprimento total, já incluindo a cauda longa e preênsil – que se prende. Eles vivem em grupos de até 10 indivíduos, compostos por machos, fêmeas e jovens.

“Alimentam-se principalmente de folhas, flores e frutos, complementando sua dieta com brotos e caules. Preferem viver em áreas florestadas, onde raramente descem ao solo, apenas quando as copas das árvores não se tocam e não há alternativas, a não ser cruzar o caminho por terra”.

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Eles vivem em grupos de até 10 macacos. (Foto: Pablo Edini)

Segundo Edini, o bugio-preto é classificado como menor preocupação pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), eles enfrentam ameaças como a fragmentação de habitat e surtos de febre amarela. A sobrevivência depende da conservação de áreas florestais.

Macaco-prego-do-pantanal (Sapajus cay)

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As principais ameaças que causam redução da população, são: destruição de habitats, fragmentação florestal e caça. (Foto: Pablo Edini)

O macaco-prego-do-pantanal também tem o nome de macaco-prego-do-papo-amarelo, conforme o biólogo, é uma espécie robusta que pode ter um comprimento de até 90 centímetros, já incluindo a cauda longa e preênsil.

Com peso médio de três quilos, são conhecidos pela inteligência e o uso de ferramentas para acessar alimentos, que tem uma dieta variada entre frutas, insetos, pequenos vertebrados e até sementes duras, que conseguem abrir pela força da mandíbula.

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O macaco-prego-do-pantanal também tem o nome de macaco-prego-do-papo-amarelo. (Foto: Pablo Edini)

“Vivem em grupos sociais complexos, com hierarquias bem definidas, e habitam áreas florestais. Também podem descer no solo em busca de água e outros recursos mais disponíveis na época da seca, onde a vida arbórea no Pantanal se torna mais difícil”.

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Já o macaco-prego-do-pantanal, segundo o biólogo já está listado como vulnerável pela IUCN. As principais ameaças que causam redução da população, são: destruição de habitats, fragmentação florestal e caça.

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(Foto: Pablo Edini)

Apesar da alta adaptabilidade, é importante ter a proteção de corredores ecológicos e a preservação de habitats naturais para garantir a sobrevivência da espécie.

Gostou dessa curiosidade? Imaginou que existia tantas espécies no Pantanal? Comente aqui embaixo.



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