detalhes de acidente que matou corredora são revelados


Um documento perícial obtido pelo Primeira Página revelou detalhes sobre os materiais encontrados no interior do veículo conduzido por João Vitor Fonseca Vilela, estudante de medicina, que causou a morte de Danielle Correa de Oliveira, na rodovia MS-010. No carro do estudante que matou a corredora foram encontradas latas de bebida alcoólica, um jaleco e instrumentos médicos.

Bebidas encontradas no interior do carro (Foto: Reprodução)

O documento técnico aponta indícios de consumo de álcool pelo motorista e confirma avarias no automóvel compatíveis com o impacto contra a corredora.

Materiais encontrados no veículo

Carro dirigido por João, estudante que matou corredora (Foto: reprodução)
Carro dirigido por João no momento do acidente (Foto: reprodução)

De acordo com a perícia, dentro do veículo FIAT Pulse, foram encontradas:

  • Uma garrafa de água mineral;
  • Uma garrafa e duas latas de bebidas alcoólicas;
  • Um jaleco branco;
  • Uma bolsa contendo instrumentos médicos.
Kit com instrumentos médicos localizados no carro
Kit com instrumentos médicos localizados no carro

Além disso, os peritos identificaram, através de uma análise sensorial, a presença de bebida alcoólica dentro do carro do estudante que matou a corredora.

O condutor, que usava uma pulseira de uma casa noturna, recusou-se a realizar o teste do etilômetro, mas teve embriaguez constatada por meio de termo específico.

Jaleco de João encontrado no veículo
Jaleco de João encontrado no veículo

Detalhes do crime que matou corredora

O laudo apontou que o veículo apresentava amassados e partes quebradas na parte frontal direita, afetando o para-choque, o farol, o capô, o parabrisa e o retrovisor.

No para-brisa, havia um circulo trincado no qual foram encontrados cabelos humanos, indicando que a corredora colidiu a cabeça contra o vidro no impacto.

Fragmentos compatíveis com o veículo foram localizados no meio-fio, reforçando a hipótese de que o atropelamento ocorreu na faixa.

A perícia constatou que o trecho do acidente não possuía sinalização vertical indicando a velocidade máxima permitida.

Conforme o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), a velocidade máxima para automóveis em rodovias de pista simples é de 100 km/h.

Os peritos criminais concluíram que a principal causa do acidente foi a ausência de reação do condutor diante da presença da pedestre na pista.

Os vestígios coletados foram encaminhados ao Instituto de Análises Laboratoriais Forenses para determinar perfis genéticos e a presença de álcool etílico no organismo do condutor.

O caso segue sob investigação na Delegacia de Polícia de Campo Grande.

O acidente

A corredora Danielle Oliveira, de 41 anos, morreu atropelada por um estudante de medicina bêbado na MS-010, em Campo Grande, na manhã deste sábado (15). A atleta realizava um “longão”, treino de longa distância, e outros cerca de 20 atletas também corriam e pedalavam pela rodovia quando a vítima foi atingida.

Segundo testemunhas e policiais que atenderam à ocorrência, o estudante que matou Danielle dirigia em zigue-zague e ultrapassou um grupo de corredores antes de retornar à faixa de rolamento e atingir duas atletas.

Luciana Timóteo da Silva Ferraz foi socorrida com escoriações, enquanto Danielle Correa de Oliveira faleceu no local.

O veículo percorreu aproximadamente 70 metros após o impacto antes de parar. Policiais que atenderam à ocorrência relataram que o motorista foi contido por testemunhas, que retiraram a chave do veículo e acionaram as autoridades.

No dia 24 de fevereiro, a defesa do estudante de medicina entrou com pedido de revogação da prisão preventiva e consequente liberdade provisória. O homem de 22 anos está preso desde o último dia 15, quando ocorreu o crime.



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