Após 8 meses de seleção, o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) escolheu o novo monumento para o Fórum de Campo Grande. O novo símbolo da Justiça em Mato Grosso do Sul será “Parajás”, a deusa Tupi-Guarani da honra, do bem e da justiça.
A escultura será composta por 91 camadas de chapas de aço e cerca de 170 peças distintas, formando uma representação da justiça e da herança cultural dos povos originários do Brasil. “Parajás” terá as dimensões de 1,90m x 4,50m x 1,15m e pesará cerca de 288 kg.
O autor da obra é o artista Victor Harabura de Freitas, premiado com R$ 50 mil. A obra custará cerca de R$ 300 mil, mas o TJMS ainda não definiu a data para o início do trabalho.
De acordo com as regras do edital do concurso, a seleção da proposta vencedora não garante o direito à execução e instalação da obra, que ocorrerá somente quando o concorrente vencedor for convocado pelo TJMS para assinatura do contrato. Isso poderá acontecer em até 12 meses, a contar da publicação do resultado final.
Caso o vencedor não deseje assinar o termo de contrato ou não aceite executar a obra, a administração poderá convocar os demais ganhadores, na ordem de classificação.
Se tudo ocorrer como esperado o novo monumento vai ocupar o espaço que hoje pertence à estátua de Thêmis, a Deusa da Justiça, bem no cruzamento das ruas da Paz e 25 de Dezembro. A Deusa da Justiça sul-mato-grossense foi feita em bronze pelo artista plástico Cleir e inaugurada em 2002.
Ao longo dos anos, sofreu com a exposição ao tempo e, em 2011, recebeu uma recauchutagem. Em 2022, perdeu a faixa que deixava o monumento “cego”, em alusão à esperada imparcialidade judicial. Depois disso, nunca mais passou por manutenção. Agora, a mudança promete ser completa.
Outros selecionados
O segundo lugar do concurso foi para Marcos Roberto Ferreira de Rezende, com a obra “Justiça flui como as Águas”.Com dimensões de 2,00m x 4,20m x 1,21m e pesando 250 kg, o monumento foi projetado para ser construído totalmente em aço inox e estabelece uma conexão entre os conceitos de justiça e natureza, ressaltando a importância vital da água para a região de Mato Grosso do Sul. O artista será premiado com R$ 30 mil.
O terceiro lugar ficou com Danilo Andrade Freitas, que apresentou uma obra ainda sem nome definido, com dimensões de 1,50m x 2,20m x 1,10m e feita de latão.
O conceito da obra gera um elo entre os povos indígenas originários e a população sul-mato-grossense atual, utilizando 79 lâminas metálicas de latão que representam os municípios do estado. A figura da Deusa da Justiça incorpora elementos que simbolizam a força dos povos originários e a imparcialidade das decisões. O autor receberá um prêmio de R$ 15 mil.
O concurso, lançado em 21 de maio de 2024 pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, teve 13 inscritos. A avaliação foi realizada com base na originalidade e na capacidade de traduzir os valores da Justiça em uma linguagem artística.