“Dez vezes mais rápido que um avião“: documentos com relatos de pilotos brasileiros sobre OVNIs são revelados

CNN Brasil


O Arquivo Nacional divulgou novos relatos feitos por pilotos brasileiros aos Centros Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindactas) a respeito de avistamento de Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs). Somente no ano passado, cerca de 30 reportes foram feitos ao órgão, que é vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB).

Segundo os arquivos disponibilizados, a maior parte dos registros foi feito na região Sul do país, especialmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

Em um dos relatos, protocolado no dia 7 de fevereiro do ano passado, o piloto de uma aeronave diz ter visto, por volta das 3h, uma luz nas cores vermelho e verde em formato circular do tamanho de uma “uma bola pequena a grande (variando)“. Ele indicou que o objeto voava “dez vezes mais rápido que um avião comercial“. O avistamento ocorreu em Navegantes, no litoral de Santa Catarina.

“O piloto relatou que esta ocorrência assemelha-se a outros episódios ocorridos em outubro de 2022 no mesmo setor e já reportados”, diz o documento.

No dia 20 de abril, um piloto comunicou ter visto um OVNI parado, por volta das 21h30, quando já se aproximava para pouso no aeroporto de Porto Alegre (RS). Segundo informou, o objeto também aumentava e diminuía e apresentava cor branca/alaranjada.

“Nesta semana, o observador relata ser o quarto dia que observa tal objeto”, diz o registro do Cindacta.

Outro profissional da aviação, que fazia um voo em direção a Santa Catarina, relatou que, por volta das 2h do dia 21 de janeiro, quando sobrevoava a cidade paulista de Ilha Comprida, visualizou de quatro a cinco objetos com luzes brancas intermitentes e a longa distância. A velocidade, segundo ele, era “muito rápida”: “No mínimo 8 mach [oito vezes a velocidade do som]“.

Os objetos, conforme reportado, faziam movimentos circulares “por vezes formando um círculo, aproximando e distanciando um do outro“.

“O espanto foi em decorrência de as luzes/movimentação dos objetos não corresponderem a um satélite, lixo espacial ou qualquer outro fenômeno conhecido”, afirmou.

Em 5 de fevereiro, um piloto de companhia aérea que fazia um voo entre Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre relatou que, na aproximação ao aeroporto Salgado Filho, na capital gaúcha, viu de cinco a seis objetos cujos tamanhos, nas palavras dele, se aproximavam a faróis de aeródromos.

Ele relatou que o jato voava a cerca de 38 mil pés de altitude (cerca de 11,6 mil metros) e que os OVNIs voavam “um palmo e meio acima” da aeronave a “três ou quatro vezes a velocidade do som”.

Em abril, outro piloto de linha aérea que fazia a rota Brasília/Marabá (PA) disse que, perto da meia-noite, viu uma “luz amarela esbranquiçada, como se fosse um farol de pouso de avião, girando no sentido anti-horário”. O objeto “estava acima do seu nível de voo” –a 34 mil pés.

“O observador conduzia a aeronave na rota Sinop [MT]-Campinas [SP], FL 390 [a 39 mil pés] quando avistou o OVNI no seu horizonte, 20º acima. Segundo o observador, muito acima do FL 400 [nível de 40 mil pés]. O objeto realizava movimentos circulares, tinha forma semelhante a uma estrela ou um farol, emitia luz branca e por vezes tinha cor de uma sombra avermelhada”, diz outro relato.

Um piloto que sobrevoava a cidade de Belém (PA) por volta das 6h40 do dia 23 de agosto disse que viu dois objetos estranhos em formato de uma estrela. Ao fazer o registro, disse que tentou filmar a situação, mas que o objeto não apareceu nos vídeos ou nas fotos.

A FAB informa que “todos os documentos, vídeos, fotografias, relatos, entre outros, disponíveis, no âmbito do Comando da Aeronáutica, sobre fenômenos aéreos não identificados, no período de 1952 a 2023, já foram transferidos para o Arquivo Nacional, onde são de domínio público”.

“Em complemento, o Comando da Aeronáutica informa que não realiza estudos e análises acerca do tema, apenas cataloga as informações prestadas por terceiros e as remete, periodicamente, ao Arquivo Nacional”, diz a FAB.

A CNN procurou a Latam e a Azul, já que os pilotos de linhas aéreas que fizeram reportes ao Cindacta são dessas companhias.

A Azul disse que seus tripulantes “seguem os mais rigorosos protocolos de segurança” e que “qualquer eventualidade é comunicada imediatamente ao controle de tráfego aéreo e segue para investigação das autoridades competentes”.

Em nota, a Latam informou que “seus tripulantes são treinados e orientados a reportarem qualquer eventualidade de forma imediata ao controle de tráfego aéreo para as devidas orientações”. A companhia disse também que “segue os mais elevados padrões de segurança, atendendo aos regulamentos das autoridades nacionais e internacionais”.

Histórico

Segundo o Arquivo Nacional, o primeiro registro oficial de avistamento de OVNI no Brasil é de 1952.

Primeiro OVNI registrado no Brasil, no Rio de Janeiro, em 1952. Imagem revelada pelo Arquivo Nacional / Arquivo Nacional

A primeira documentação da aparição de um OVNI no Brasil aconteceu na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e foi registrada com nove imagens fotográficas.

Registro de avistamento de OVNI reportado à FAB
Registro de avistamento de OVNI reportado à FAB / Reprodução

A busca ao sistema virtual do Arquivo Nacional revela que quase 1.000 registros relacionados a OVNIs já foram feitos no Brasil. Isso não quer dizer que todos os casos sejam referentes a extraterrestres, podendo se tratar de drone, estrela, satélite, balão meteorológico ou fenômeno natural.

Veja também:

OVNIs: avistamentos de Objetos Voadores Não Identificados pelo mundo



Fonte do Texto

VEJA MAIS

Mais de 560 presos voltam para a prisão em quatro dias de “saidinha” em SP

Cerca de 547 detentos foram presos pelas forças de segurança do estado de São Paulo…

Biden diz que China segue com comportamento hostil no estreito de Taiwan

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse no sábado (20) que a China continua…

Conheça os membros da máfia italiana presos suspeitos de lavar R$ 300 mi no Brasil

O elo da Cosa Nostra no Brasil tem nome e sobrenome: Giuseppe Calvaruso, Giuseppe Bruno…