Neste domingo, 27 de abril, é celebrado o Dia Mundial da Anta. Aqui, a “jardineira das florestas”, está entre uma das espécies mais importantes do país e para comemorar, a Associação Onçafari reparou um compilado de imagens para lá de fofas da gigante brasileira. Vem ver!
As imagens dos melhores momentos da anta-brasileira (Tapirus terrestris) foram feitos nas diferentes bases do Onçafari pelo país. “Um lembrete para que possamos não só celebrar a existência dessa “gigante”, mas também cultivar o compromisso de mantê-la entre nós – livre, forte e semeando vida pelos caminhos da natureza!”.
A anta é o maior mamífero terrestre da América do Sul e está dividida em quatro espécies: a anta-brasileira, a anta-da-montanha (que vive nos Andes), a anta-centro-americana (encontrada na América Central) e a anta-asiática (Indonésia, Malásia, Mianmar e Tailândia).
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A fêmea da anta-brasileira pode chegar a pesar 300 kg, com até 2 metros de comprimento e 1,10 m de altura. É um animal herbívoro e para compensar todo esse tamanho, ingere entre oito e nove quilos de alimento/dia, incluindo folhas, ramos, brotos, caules, cascas de árvores, plantas aquáticas, além de frutos, que correspondem a mais de 50% da dieta.
Por isso, é chamada de jardineira das florestas. Segundo o Ipê (Instituto de Pesquisas Ecológicas) essa característica de comer frutos, em geral com grandes sementes, somado a um trato digestivo capaz de otimizar a germinação, faz do manífero um grande semeador da natureza.
“As antas não apenas caminham entre árvores, elas ‘costuram’ os ecossistemas com sua presença. No entanto, apesar de sua enorme importância ecológica, seguem enfrentando diversas ameaças, principalmente devido ao desmatamento, à fragmentação de habitat e aos atropelamentos em rodovias.
Nota Onçafari
Em Mato Grosso do Sul, o atropelamento dessa gigante da natureza é mais comum do que deveria. Conforme dados levandatos pelo Incab-IPÊ (Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira) em sete anos de pesquisa, 100 antas são atropeladas por ano nas rodovias do estado.
Apesar disso, importantes aliados têm somado força na conservação desse animais. As antas têm, inclusive, um paraíso escondido no refúgio ecológico caiman, onde desde 2021, a organização direciona seus esforços para desvendar os mistérios desta espécie tão emblemática da fauna brasileira com o projeto Tapirapé. Conheça mais sobre o projeto aqui.
“A jardineira das florestas caminha em silêncio, mas deixa um rastro de vida por onde passa”.