Diretor de escola preso tinha 13 HDs com imagens de abuso sexual infantil, diz juiz

Diretor de escola cuiabana, Elson Bosco Ojeda, de 48 anos, teve a prisão preventida decretada pela Justiça. (Foto: Reprodução)


O professor e diretor de uma escola de Cuiabá, Elson Bosco Ojeda, de 48 anos, teve a prisão em flagrante convertida para preventiva pela Justiça de Mato Grosso. Preso nessa quinta-feira (31), durante a Operação Lobo Mau, ele é suspeito de produzir, armazenar e disponibilizar imagens de abuso e exploração infantil em plataformas na internet, segundo o Ministério Público.

Diretor de escola cuiabana, Elson Bosco Ojeda, de 48 anos, teve a prisão preventida decretada pela Justiça. (Foto: Reprodução)

Imagens de abusos e exploração sexual infantil

Segundo as investigações, o diretor e um jovem de 19 anos – preso em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá – entravam em contato com crianças e adolescentes em plataformas digitais e induziam as vítimas a produzirem conteúdos sexuais e de nudez. Depois, eles distribuíam essas imagens em grupos fechados e jogos na internet.

Ainda nessa quinta-feira, o Governo do Estado determinou o afastamento do diretor – que fazia parte do quadro de efetivos da Secretaria Estadual de Educação.

Durante buscas na casa de Elson, equipes da Polícia Civil e Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), teriam encontrado 13 HDs – dispositivos de armazenamento – com os conteúdos de pornografia infantil.

Segundo o juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, que assinou a decisão de prisão preventiva, a pena para esse crime é de 4 a 8 anos de prisão.

Mas, devido à “vasta quantidade de conteúdos” encontrados na casa do suspeito, a tipificação do crime pode ser agravada e gerar aumento da pena do diretor, como explicou o juiz.

Ao Primeira Página, a defesa do investigado disse que, no momento, não irá se pronunciar sobre o caso.

Operação Lobo Mau

A prisão dos suspeitos foi durante o cumprimento de mandados da Operação Lobo Mau, deflagrada pelo Gaeco de São Paulo, com objetivo de desarticular uma rede criminosa envolvida na produção, armazenamento e compartilhamento de material de abuso sexual infantil.

Ao todo, 36 pessoas foram presas em 20 estados brasileiros e Distrito Federal. Outros 92 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.

Além do Ministério Público, a operação mobilizou as polícias civis do Acre, da Bahia, do Distrito Federal, de Goiás, do Maranhão, de Minas Gerais, do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, da Paraíba, do Paraná, de Pernambuco, do Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, de Rondônia, do Rio Grande do Sul e de Sergipe.

A força-tarefa tem apoio de instituições internacionais e da Embaixada dos Estados Unidos.





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