“Ditaduras não servem e acabam mal“, diz Papa Francisco sobre a Venezuela


O Papa Francisco pediu durante uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (13) que o governo do presidente Nicolás Maduro, na Venezuela, trabalhe pela paz, alertando que “ditaduras não servem e acabam mal”.

Maduro reivindicou um terceiro mandato após uma eleição controversa em 28 de julho. O candidato da oposição Edmundo González, que afirmou ter vencido a votação, fugiu do país na semana passada depois que as autoridades venezuelanas emitiram um mandado de prisão acusando-o de terrorismo, conspiração e outros crimes relacionados com as eleições.

“Não tenho acompanhado a situação na Venezuela, mas a mensagem que daria ao governo é: dialogar e fazer a paz. Ditaduras não servem e acabam mal, mais cedo ou mais tarde. Leia a história da Igreja”, disse o papa.

Francisco também descreveu os ataques de Israel a Gaza como “horríveis”, mencionando imagens de crianças mortas, e disse que estava em contato com autoridades católicas no enclave palestino.

“Quando você vê os corpos de crianças mortas… quando você presume que há combatentes e bombardeia uma escola. Tudo isso é horrível, é horrível”, disse ele. “Eu ligo para Gaza, a paróquia [católica] de Gaza… Eles me contam coisas ruins, coisas difíceis”.

Sobre as eleições americanas, Francisco disse que os eleitores terão que escolher entre “o menor dos dois males”.

O pontífice é crítico as políticas anti-imigração do ex-presidente Donald Trump e condena o apoio da vice-presidente Kamala Harris aos direitos ao aborto “contra a vida.”

“Aquele que joga fora os migrantes, bem como aquele que mata crianças. Ambos são contra a vida”, disse ele.

Por outro lado, o papa disse estar “feliz” com o diálogo da Santa Sé com a China, afirmando que “os resultados são bons” e que o diálogo se baseia na boa vontade.

“Gostaria de visitar a China, é um grande país. Admiro a China, respeito a China. É um país com milhares de anos, com uma capacidade de diálogo, de compreensão mútua que vai além dos diferentes sistemas democráticos que teve”, afirmou.

Em 2018, o Vaticano assinou um controverso acordo com Pequim sobre a nomeação de bispos. Ele pretende renovar o acordo no próximo mês.

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