No ano passado, 699 pessoas morreram pela polícia do Rio de Janeiro, de acordo com dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Por dia, foram registradas duas vítimas por intervenção policial no estado.
No Brasil, foram 6.121 vítimas pela polícia em 2024, ou seja, 17 mortes por dia — a redução é de cerca de 4% em relação ao ano anterior. O Rio de Janeiro foi o terceiro estado com maior número de mortes, depois de Bahia (1.557) e São Paulo (814). Na sequência, estão Pará (593) e Goiás (387).
O mês de maio foi o que registrou maior número de ocorrências com vítimas fatais, com 84 mortes. Por cada 100 mil habitantes, a taxa de mortes é de 4,06 em 2024.
Em relação ao ano passado, a redução é de quase 20% no número de mortes pela polícia. Veja o número de mortes pela polícia no Rio de Janeiro nos anos anteriores:
- 2024: 699
- 2023: 871
- 2022: 1.330
- 2021: 1.356
- 2020: 1.245
- 2019: 1.814
- 2018: 1.534
- 2017: 1.127
- 2016: 925
- 2015: 645
Em nota à CNN, o governo do Rio de Janeiro informou que já investiu mais de R$ 4 bilhões em segurança pública e, segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP), o estado teve reduções expressivas nos crimes contra a vida. O indicador estratégico letalidade violenta diminuiu 11,1% de janeiro a dezembro de 2024, em comparação com o ano anterior.
Na análise dos delitos que englobam os crimes contra a vida, foi observado que o estado também atingiu o menor número de mortes desde o início da série histórica, em 1991.
A Secretaria Estadual de Polícia Militar (PMERJ) afirma que atua com foco central na preservação da vida. “As ações são pautadas pelo planejamento prévio e estratégico, visando minimizar todo e qualquer impacto para a população no cenário urbano. Via de regra a opção pelo confronto parte dos criminosos”, diz a nota.
A pasta realiza treinamentos e capacitações contínuas da tropa, com as ações que visam dar condições dos agentes atuarem em situações de crise, com a máxima precisão e cautela.