O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira (3) que o bilionário e diretor-executivo da Tesla, Elon Musk, não pode e não fará nada sem a aprovação da administração do governo.
“Elon não pode e não fará nada sem a nossa aprovação. Daremos a ele a aprovação quando apropriado. Quando não for apropriado, não daremos”, destacou Trump no Salão Oval.
Musk está oficialmente servindo como funcionário especial do governo Trump, segundo um funcionário da Casa Branca. Essa designação significa que o bilionário não é voluntário, mas também não é um funcionário federal em tempo integral.
De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, um funcionário público especial é “qualquer pessoa que trabalha, ou se espera que trabalhe, para o governo por 130 dias ou menos em um período de 365 dias”.
Elon Musk não está sendo pago, informou uma pessoa familiarizada com a função dele à CNN.
Aqueles ligados ao Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) de Elon Musk no Departamento do Tesouro agora têm acesso total ao sistema de pagamentos do governo.
Questionado sobre por que é importante para Musk ter acesso aos sistemas de pagamento do governo, Trump afirmou que Musk só tem acesso para demitir pessoas que ele – e o governo – considerarem necessárias.
“Ele só tem acesso para dispensar pessoas que ele acha que não são boas, se concordarmos com ele e somente se concordarmos com ele. Ele é um homem muito talentoso do ponto de vista de gestão e custos”, disse Trump.
O presidente americano apontou que o objetivo é “diminuir o governo”, mas frisou que se houver um conflito de interesses por parte de Elon Musk, “não o deixará chegar perto disso”.
“Eles (DOGE) estão encontrando um tremendo desperdício, realmente desperdício, mais do que qualquer outra coisa. Acho que se pode dizer que provavelmente fraude e abuso. Eles estão descobrindo uma quantidade enorme de coisas realmente ruins”, continuou Trump.
“Ele tem um instinto natural bom. Ele tem uma equipe de pessoas muito talentosas. Estamos tentando reduzir o governo”.
Donald Trump também repetiu uma alegação de que a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, da sigla em inglês) financiou 100 milhões de dólares em “preservativos para o Hamas”. Uma checagem de fatos da CNN descobriu que durante os últimos três anos da administração do ex-presidente Joe Biden, a USAID não gastou dinheiro em preservativos no Oriente Médio.
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