A empresa UpBus, investigada pela justiça por ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), entrou com um processo contra a Prefeitura Municipal de São Paulo. O pedido questiona a legitimidade da prorrogação do ato de intervenção por parte do prefeito Ricardo Nunes e do secretário executivo de Mobilidade Urbana e Transporte, Gilmar Pereira Miranda.
O processo corre em sigilo, mas teve um trecho do pedido publicado no Diário de Justiça de São Paulo na quarta-feira (19). Desde abril de 2023, tanto a UpBus quanto a Transwolff estão sob gestão da Prefeitura de São Paulo. A intervenção começou após uma investigação do Gaeco que apontou envolvimento direto com a facção criminosa.
O Ministério Público diz que existem elementos suficientes para comprovar que a UpBus foi criada para lavar dinheiro do PCC. No dia 29 de janeiro de 2025, a Prefeitura encerrou o contrato com a UpBus. Cerca de um mês depois, o executivo municipal anunciou duas empresas que substituíram a UpBus e a Transwolff.
Juntas, as duas empresas transportavam pelo menos 700 mil passageiros por dia na capital paulista. Somente em 2024, elas receberam mais de R$ 800 milhões dos cofres públicos.
A Prefeitura de São Paulo ainda não respondeu ao pedido de posicionamento acerca do processo da UpBus.