A eletricidade retornou a Caracas e outras partes da Venezuela neste sábado (31), depois que um apagão deixou grande parte do país na escuridão na sexta-feira (30), embora testemunhas da Reuters tenham relatado interrupções intermitentes contínuas no estado produtor de petróleo de Zulia.
O governo da Venezuela culpou o apagão massivo que paralisou o país sul-americano a um “ataque” à maior represa do país, Guri, sem fornecer detalhes adicionais.
“A primeira coisa que pensei foi que a comida iria estragar, e era muito caro comprar”, disse José Rincon, um professor que mora na cidade central de Valência. “Quando você pensa que tudo está ruim, parece que só piora.”
Reyner Acosta, um aposentado de 62 anos em Maracaibo, capital de Zulia, disse que a eletricidade voltou na manhã deste sábado, apenas para ser cortada mais uma vez.
“Estávamos com dificuldades porque a eletricidade ia e vinha”, disse ele enquanto fazia compras em um mercado para repor alimentos que estragaram enquanto a energia estava desligada.
O terminal de petróleo de José, o maior do país, retomou as operações que haviam sido interrompidas pelo apagão, de acordo com uma fonte da indústria.
Cerca de 70% das exportações de petróleo da Venezuela são tratadas pelo terminal, que não tem seu próprio sistema de energia.
Uma importante empresa de beneficiamento de petróleo que produz petróleo bruto exportável, a Petropiar, também retomou as operações neste sábado, de acordo com duas fontes da empresa.
Especialistas dizem que os apagões que assolaram a Venezuela por anos são devido à falta de manutenção e desinvestimento do sistema elétrico.
Em 2019, uma série de cortes de energia em todo o país atingiu a Venezuela e durou dias. Na época, as autoridades venezuelanas também atribuíram os apagões a ataques da oposição.
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