Entenda como vai funcionar o segundo julgamento da Operação Omertà


O segundo julgamento da Operação Omertà começa nesta segunda-feira (16), no Tribunal do Júri, em Campo Grande. Quatro acusados serão julgados pela morte de Marcel Colombo, conhecido como “Playboy da Mansão”.

Júri sobre o Playboy da Mansão, no TJMS. (Foto: Maressa Mendonça)

Um forte esquema de segurança será montado para o julgamento, que envolve o empresário Jamil Name Filho, o “Jamilzinho”, e outros três acusados de envolvimento no assassinato de Colombo e na tentativa de homicídio de um amigo da vítima.

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Mais de 50 pessoas, entre testemunhas, policiais, advogados e servidores da Justiça, estarão mobilizadas para garantir a segurança do julgamento.

Como vai funcionar?

Os dois plenários do Tribunal do Júri, no Fórum de Campo Grande, serão utilizados: um para o juiz, promotores, defesa e jurados, e outro destinado ao público interessado em acompanhar o processo. 

O presidente da Segunda Vara do Tribunal do Júri, juiz Aluízio Pereira dos Santos, responsável pelo julgamento, proibiu qualquer tipo de manifestação no prédio do fórum, assim como o uso de camisetas com mensagens ou fotos da vítima.

Cada parte terá direito a até cinco testemunhas, com horários agendados para depoimentos, a fim de evitar tumultos.

Os jurados escalados serão hospedados em hotéis durante a semana do julgamento, sem contato com o público, para garantir a imparcialidade.

O júri popular está previsto para durar quatro dias, com um dia extra reservado para imprevistos, segundo o juiz.

Devido ao número de acusados e testemunhas, o processo requer um esquema de segurança reforçado, tanto dentro quanto fora do fórum.

As medidas de segurança seguirão o protocolo adotado no primeiro julgamento da Operação Omertà, em julho do ano passado, e no julgamento do narcotraficante Fernandinho Beira-Mar, em novembro de 2009. A Polícia Militar e a Polícia Penal Federal foram acionadas para prestar apoio.

Réus

Jamil Name Filho participará do julgamento de forma virtual, diretamente da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Os outros três réus – os ex-guardas municipais Marcelo Rios e Rafael Antunes Vieira, e o policial federal Everaldo Monteiro de Assis – estarão presentes no plenário.

De acordo com o inquérito, Jamil, Marcelo e Everaldo respondem por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe, e tentativa de homicídio contra Thiago do Nascimento Bento, amigo de Marcel, que foi baleado no dia do crime. Rafael, o ex-guarda municipal, é acusado de porte ilegal de arma de fogo.

O assassinato

Marcel Hernandez Colombo, de 31 anos, conhecido como “Playboy da Mansão”, foi executado a tiros enquanto conversava com amigos em um bar na Avenida Fernando Corrêa da Costa, no dia 18 de outubro de 2018.

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Marcel foi morto em outubro de 2018 (Foto: Redes Sociais)

O crime foi gravado por câmeras de segurança, que mostraram os assassinos chegando de moto e atirando pelas costas da vítima.

O motivo da execução seria um desentendimento entre Marcel e Jamil Name Filho ocorrido dois anos antes em uma boate na capital, quando Jamil teria prometido vingança. 

Outros crimes

Jamilzinho e os outros acusados também respondem pelo assassinato de Matheus Coutinho Xavier, de 19 anos, em abril de 2019.

Matheus foi morto por engano no lugar de seu pai, o capitão reformado da Polícia Militar, Paulo Roberto Teixeira Xavier, que seria o alvo dos criminosos.

Em 2023, Jamil Name Filho foi condenado a 23 anos e seis meses de prisão por ser o mandante do assassinato de Matheus. Marcelo Rios também foi sentenciado a 23 anos de prisão por seu envolvimento no crime.

Operação Omertà

A morte de Colombo foi investigada pela Operação Omertà, e a autoria foi descoberta após a identificação dos autores do assassinato de Matheus.

As investigações apontaram que os dois crimes foram ordenados pelas mesmas pessoas e executados pelos mesmos pistoleiros.

Os mandantes seriam Jamil Name Filho e seu pai, Jamil Name, que faleceu durante a pandemia de Covid-19.

Marcelo Rios teria sido encarregado de contratar os pistoleiros, e Everaldo foi responsável por monitorar a rotina da vítima.

Marcel Colombo já havia sido alvo de uma operação da Polícia Federal, a Operação Harpócrates, em dezembro de 2017, que investigou a importação ilegal de produtos do Paraguai.

Cerca de R$ 200 mil em mercadorias ilegais foram apreendidos, e Marcel chegou a ser preso por alguns meses antes de ser solto.





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