Entenda o caso da universitária presa ao apresentar TCC em Rondonópolis


A estudante de Direito, Pabla Melo Klauss, de 29 anos, foi presa nesta segunda-feira (25) durante a apresentação de seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em uma faculdade particular de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá.

A ação foi realizada pela Delegacia de Roubos e Furtos (Derf) e é parte de uma investigação que já ocorre desde 2019. Ela é suspeita de roubos e de envolvimento com uma facção criminosa.

De acordo com a Polícia Civil, foram expedidos três mandados de prisão contra Pabla, relacionados a três operações distintas que investigam crimes de organização criminosa e associação para o tráfico de drogas no estado.

Universitária estava apresentando do TCC quando foi presa. (Foto: reprodução/internet)

Segundo as investigações, foram expedidos três mandados de prisão em nome dela. As ordens judiciais se referem a três operações diferentes, que investigam organização criminosa e associação para o tráfico no estado.

Histórico das operações

Pabla Melo foi alvo de várias investigações ao longo dos anos:

• 2019 – Operação Reditus: Deflagrada há cinco anos, a operação prendeu 56 pessoas em Rondonópolis, Pedra Preta, Cuiabá e Amambai (MS), incluindo a universitária.
• 2020 – Operação Rouge: Esta ação visava reprimir crimes relacionados a uma facção criminosa no sul de Mato Grosso.
• 2021: Durante buscas realizadas pela Derf em sua residência, foram apreendidos R$ 45.300, que seriam provenientes do tráfico de drogas.
• 2023 – Operação Nova Canaã: Cumpriu 26 mandados de busca e três prisões contra um grupo que operava pontos de venda de drogas em Rondonópolis.

Prisão atual

Segundo a polícia, Pabla teria ligação direta com uma organização criminosa e seria responsável pelas finanças da associação que geria o tráfico de drogas na região. Durante sua prisão na faculdade, ela também era investigada por tráfico de drogas.

A polícia informou que a suspeita tem ligação com uma organização criminosa e era responsável pelas finanças da associação formada para gerir o tráfico de drogas na região.

As investigações indicam que a suspeita era responsável por coletar e gerenciar os recursos financeiros do grupo criminoso.

Sob a coordenação de seu marido, atualmente preso por outros crimes, ela administrava valores obtidos através do tráfico de drogas, contrabando de cigarros e cobranças de “mensalidades” impostas a comerciantes sob o pretexto de oferecer segurança.

O advogado de Pabla, Douglas Lopes, informou que, em razão do processo estar em sigilo, ele só se manifestará no processo judicial. Veja abaixo a nota na íntegra:

À partida a defesa da INVESTIGADA agradece pela oportunidade dada por este canal de comunicação.
De igual modo, externo a importância que o JORNALISMO PROFISSIONAL exerce em um ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO.
Indo ao que importa, por razões de ética profissional, bem como pelos autos do inquérito policial ter se transcorrido em sigilo, opto, neste momento, por externar toda e qualquer manifestação, tão somente, no curso da demanda que está tramitando.
Por fim, no intuito de acalmar os “tribunais” da internet, lembro que, independente da natureza da acusação, todo ser humano que vive em terras brasileiras, detém a garantia constitucional do Princípio da Inocência, do Devido Processo Legal e do Contraditório e da Ampla Defesa.





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