Retomado após 5 anos, o acordo entre a União Europeia e o Mercosul deu um passo importante, nesta sexta-feira (6). De acordo com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a resolução pode favorecer muito o setor agropecuário.
O Primeira Página te conta o que na prática pode ter melhor preço nas gôndolas e nas mesas, com a concretização do acordo, após tantos anos de discussão.
Fávaro afirmou que esse acordo prevê mais liberdade comercial. Por exemplo, zero tarifas para frutas, café e outros produtos brasileiros. Cotas importantes para açúcar, carne de frango, carne bovina, etanol.
Além disso, algumas indústrias, como a de calçados, também saem ganhando. O destaque negativo fica por conta da equipamentos elétricos (-1,6% na produção), máquinas e equipamentos (-1,0%), produtos farmacêuticos (-0,6%), têxteis (-0,5%) e produtos metalúrgicos (-0,4%).
Outros temas importantes devem ser tratado nesse acordo entre os dois blocos, dentre eles:
- Cooperação política;
- Cooperação ambiental;
- Livre-comércio entre os dois blocos;
- Harmonização de normas sanitárias e fitossanitárias (que são voltadas para o controle de pragas e doenças);
- Proteção dos direitos de propriedade intelectual; e
- Abertura para compras governamentais.
Mesmo com o acordo assinado, ainda será necessário passar o texto final pela aprovação dos Legislativos dos países do Mercosul, do aval do Conselho Europeu (27 chefes de Estado ou de governo) e do Parlamento Europeu (720 votos).