entenda qual é seu temperamento

Formas de sentir, agir ou reagir às situações da vida: esses pontos podem ser explicados por quatro temperamentos – ou formas de comportamento humano – chamados de colérico, sanguíneo, melancólico e fleumático. Eles são analisados, principalmente pelas vertentes religiosas, para identificar pontos que precisam ser melhorados em nossas ações.

Será que você se identifica com algum deles? O Primeira Página te explica, abaixo, os significados e como lidar com os lados ruins; confira:

Temperamentos humanos

Segundo o padre Antonio Royo Marín, o temperamento é um conjunto de formas de se sentir, de atitudes e do humor de uma pessoa, que geram um comportamento particular.

O temperamento seria como uma índole natural, com o qual já nascemos e permanecemos até o fim da vida.

Mas, conhecer e analisar as características de cada um deles é uma forma de nos identificarmos e melhorarmos os pontos ruins de nossas ações, como explica o padre.

1. Sanguíneo 🔎

Conforme o padre, a pessoa com temperamento sanguíneo é adorável, alegre, simpática, prestativa, submissa com seus superiores, sincera e espontânea.

Ela também pode se excitar, ou empolgar, facilmente com qualquer situação, tendo reações imediatas e fortes, mas de curta duração.

Outro ponto bom sobre os sanguíneos, é que eles tendem a ser otimistas, com uma visão serena da vida.

Possuem memória feliz, com imaginação ardente, o que os leva a uma inclinação para atividades artísticas.

São inteligentes, rápidos, profundos (em alguns aspectos). Nas amizades, se entregam fácil e apaixonadamente.

Pontos ruins ⚠️

Quando injuriados ou contrariados, os sanguíneos podem reagir com violência ou serem ofensivos, mas, esquecem do sentimento ruim rapidamente e não costumam guardar rancor.

Eles também tendem a ser superficiais e inconstantes. Isso porque costumam pensar que entenderam, de primeira, qualquer problema que lhes seja apresentado, quando, na realidade, só interpretaram o assunto de forma parcial e incompleta.

As impressões rápidas criadas na mente do sanguíneo o fazem ser inconstante e, segundo o padre, não costumam gostar de sacrifícios, renegações ou esforços duros e contínuos – como nos estudos ou trabalhos.

Com esse tipo de temperamento, a pessoa pode, ainda, ser facilmente atraída por tentações ou situações que lhe causem agrado imediato, das quais, provavelmente, se arrependerá depois. Após o arrependimento, o sanguíneo tende a voltar para a situação errada na primeira oportundade.

2. Melancólico🔎

Ainda conforme o padre Antonio Royo Marín, as pessoas de temperamento melancólico têm menos sensibilidade que os sanguíneos, por exemplo. Mas, quando sentem, é algo profundo.

Eles não esquecem facilmente seus sentimentos ou emoções e são, natualmente, inclinados à reflexão, solidão, silêncio, vivendo em seus mundos particulares.

Apesar disso, são pessoas que se compadecem facilmente por situações ruins enfrentadas por outras pessoas e acabam criando um papel de benfeitores da humanidade.

Inteligentes, maduros, reflexidos e calmos, atraídos pelas artes e ciências: também são formas de descrever os melancólicos.

O amor de um melancólico por alguém é profundo, sendo que a frieza e ingratidão machucam seus sentimentos.

Pontos ruins ⚠️

Tendência exagerada à tristeza e melancolia: esse é o principal ponto ruim no comportamento dos melancólicos.

Além disso, quando recebem alguma crítica ou feedback ruim, eles tendem a marcar aquilo profundamente em suas almas, produzindo ‘feridas’ interiores.

Geralmente, são pessimistas, enxergando sempre o lado ruim das coisas e exagerando nas dificuldades encontradas pelo caminho. São também desconfiados, tanto de terceiros quanto de si próprios, o que os torna indecisos.

Podemos dizer, ainda, que os melancólicos são inconstantes e têm dificuldade de terminar o que começaram pelo medo do fracasso.

3. Colérico🔎

Rápidos e facilmente entusiasmados ou reativos! Assim podemos resumir o comportamento dos coléricos, segundo o padre.

Eles possuem vontades fortes em seus corações e mentes, grande concentração, constância em seus objetivos e inteligência aguçada.

São seres apaixonados e voluntariosos, práticos, desembaraçados, preferem fazer do que pensar.

Além disso, não gostam de ficar parados e não se deixam abalar com dificuldades encontradas no caminho.

Pontos ruins ⚠️

Da mesma forma como são rápidos no raciocínio e empreendimentos, são rápidos e duros em suas reações emocionais, chegando a parecer insensíveis.

Quando contrariados, se tornam violentos e cruéis. Depois, guardam o rancor em seus corações por muito tempo, até que possam, de certa forma, se ‘vingar’.

A paixão de um colérico é forte e até sufocante em certos pontos!

4. Fleumático🔎

O quarto e último temperamento é o mais difícil de ser inspirado, segundo Royo Marín.

Os fleumáticos costumam ser sossegados, tranquilos, trabalham devagar, são discretos e criteriosos.

Segundo o padre, eles “não conhecem as paixões vivas do sanguíneo, nem as profundas do nervoso, nem as ardentes do colérico”.

Além disso, os fleumáticos se comunicam de forma ordenada, justa e positiva e ainda costumam possuir brilho pessoal e energia atrativa.

São, ainda, prudentes, sensatos, reflexivos e seguros. Costumam resolver questões sem violência e com clareza.

Pontos ruins ⚠️

Para o fleumático, podemos dizer que lhe falta entusiamo e espontaneidade. A calma e lentidão podem fazê-los perder boas oportunidades e interações com outras pessoas.

Muitas vezes, precisam de uma “sacudida” para saírem de seus mundos particulares e agirem com mais excitação ou estímulo.

Devido a esse temperamento, podem ser vistos como pessoas egoístas, procrastinadoras e excessivamente passivas.

Meu temperamento me define?

Ainda nas palavras de, Marín, as características de cada temperamento não definem totalmente uma pessoa, já que o comportamento é, acima de tudo, algo particular.

Outro ponto importante de ser lembrado é que eles também podem se unir, ou seja, uma pessoa pode ter caracteríscas de até dois tipos de temperamentos.

E vale lembrar: conhecer os comportamentos é uma forma de trabalhar a maneira como reagimos e não usá-los para sempre justificar atitudes consideradas ruins em certos aspectos.