Envenenamento no Piauí: suspeito estudou práticas nazistas antes de crimes

CNN Brasil


Um caso chocante de envenenamento em Parnaíba, no litoral do Piauí, resultou na morte de seis pessoas da mesma família e continua a ser investigado pela Polícia Civil. O crime, que ocorreu no dia 1º de janeiro, teve como principal causa o consumo de baião de dois contaminado com terbufós, um agrotóxico altamente tóxico. Inicialmente, a suspeita era de que o veneno estivesse em peixes doados à família, mas essa hipótese foi descartada após exames periciais. A substância foi detectada no arroz, feijão e farinha utilizados no preparo do alimento.

Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, padrasto de algumas das vítimas, foi preso como principal suspeito do envenenamento. A prisão ocorreu após a polícia identificar contradições em seus depoimentos e evidências de desprezo em relação às vítimas. Além disso, o delegado Abimael Silva relatou que Francisco se mostrou contraditório sobre seu envolvimento no preparo da refeição.

As investigações revelaram que o principal suspeito, Francisco de Assis Pereira da Costa, tinha um interesse peculiar por temas relacionados ao nazismo. Na casa onde morava com a família, foi descoberto um baú trancado, cuja chave era de posse exclusiva de Francisco.

Dentro deste baú, foram achadas revistas que abordavam histórias do nazismo. Em outra residência, acessível apenas a Francisco, a polícia encontrou uma coleção de livros e DVDs sobre o nazismo.

Entre os livros, um em particular chamou a atenção: “Médicos Malditos”. Neste livro, Francisco havia grifado diversas substâncias utilizadas em experimentos médicos nazistas.

Um trecho grifado especificamente capturou a atenção dos investigadores: “Mas para despistar as futuras vítimas, o produto deveria ser eficaz e sem gosto”. Essa descrição coincide com as características do terbufós, o veneno utilizado no baião de dois que causou a morte das seis vítimas.

Vítimas e desdobramentos da Investigação

As vítimas fatais foram identificadas como Maria Gabriela (4 anos), Manoel da Silva (18 anos), Igno Davi da Silva (1 ano e 8 meses), Maria Lauane (3 anos), Francisca Maria (32 anos), e Maria Jocilene da Silva (41 anos). A criança Maria Gabriela faleceu após 20 dias de internação. Maria Jocilene, inicialmente hospitalizada e liberada, voltou a ser internada antes de falecer.

A investigação revelou que Maria dos Aflitos, mãe e avó das vítimas e esposa de Francisco, também foi presa. Em depoimento, Maria confessou ter assassinado a vizinha, Maria Jocilene, com um café envenenado, numa tentativa de incriminá-la e libertar o marido.

O delegado Abimael Silva confirmou que Maria e Jocilene tinham um relacionamento amoroso, embora discreto. Maria também declarou que estava “cega de amor” por Francisco.

As autoridades continuam a investigar a motivação de Francisco e Maria, com a prisão temporária do padrasto sendo prorrogada por mais 30 dias.



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