Espécie rara: Dragão azul é encontrado morto em praia do litoral de SP


Um dragão azul (Glaucus atlanticus), uma espécie de lesma do mar, foi encontrado morto em uma praia de Peruíbe, cidade localizada na Baixada Santista, litoral de São Paulo. O animal raro foi flagrado pela bióloga e pesquisadora Gemany Caetano no último domingo (6).

Segundo a profissional, o molusco pelágico, ou seja, que vive no mar aberto, tem formas e cores vibrantes e aparece nas praias quando o vento e as correntes marinhas estão direcionadas para a costa.

A bióloga afirma que o dragão azul é um animal com o corpo adaptado para o ambiente marinho e não se locomove no ambiente terrestre. “Quando ele encalha na areia,  sofre a ação direta dos raios solares e ventos que contribuem com o processo de perda de água, o que causa a desidratação do animal”, complementa.

De acordo com Gemany, o dragão azul desempenha um papel importante para manutenção e equilíbrio do meio ambiente, assim como outras espécies. “Glaucus em especial é um animal encantador que faz jus ao nome que carrega. Deve ser preservado para que as futuras gerações tenham a oportunidade de conhecer e de se encantar com esses animais”, finaliza a bióloga.

Conheça a espécie rara

De acordo com o Bureau of Ocean Energy Management (BOEM), uma agência do governo dos Estados Unidos, a espécie rara flutua de costas e expõe a barriga azul brilhante enquanto o lado cinza-prateado fica para baixo.

Glaucus atlanticus são predadores com tentáculos, chamados de cerata. Os membros contêm células urticantes altamente venenosas, que são usadas tanto para caça quanto para autodefesa. Porém, para que o dragão azul tenha o veneno em seu organismo, ele se alimenta somente de animais venenosos, como a caravela-portuguesa.

Ao consumir a presa com seus dentes afiados e serrilhados, o animal raro se apropria das células urticantes do outro e as armazena nos tentáculos em uma dosagem mais concentrada. Com aproximadamente 3 cm de tamanho, a espécie adquire uma ferroada violenta, que permite com que possa paralisar vítimas 300 vezes maiores.

As Lesmas-do-mar-dragão-azul são hermafroditas, ou seja, possuem órgãos reprodutores masculinos e femininos. Entretanto, os óvulos e espermatozoides são incompatíveis e, então, elas precisam acasalar com outro da mesma para produzir ovos fertilizados. O processo de procura para um parceiro é complicado e é considerado uma tarefa aleatória, já que os dragões azuis flutuam até encontrar outro Glaucus atlanticus.

Ao se encontrarem, eles tomam cuidado na hora do acasalamento por conta das diversas células venenosas. Quando a reprodução é finalizada, o casal pode colocar uma série de 20 ovos por vez cada um. As ninhadas são colocadas em pedaços de madeira que flutuam, nas carcaças das presas ou em qualquer outra coisa que flutue . Os ovos levam cerca de três dias para eclodirem e se tornarem larvas.

O dragão azul é encontrado comumente em águas temperadas e tropicais de todos os oceanos, mas sua presença já se espalhou para as costas leste e sul da Austrália e para as águas da África do Sul. Ele ocasionalmente flutua em grupo e esse fenômeno é chamado de “frota azul”. Segundo o órgão, os catadores de praia precisam ter cuidado ao encontrá-los, pois um encontro com uma lesma-do-mar-dragão-azul morta pode resultar em picadas.

*Sob supervisão



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