Esquema de facção da Bahia comprou mais de 100 armas em Brasília

CNN Brasil


Sete pessoas foram condenadas por envolvimento na aquisição de mais de 100 armas em Brasília que foram destinadas a abastecer um grupo criminoso do estado baiano conhecido como Bonde Do Maluco (BDM).

Segundo a investigação, realizada no âmbito da Operação Illusion, a facção estabeleceu um canal de compra ilegal de armamento em uma loja da capital federal. Utilizando intermediários, os criminosos adquiriram um vasto arsenal, incluindo pistolas, revólveres e até mesmo armas de grosso calibre.

“As armas foram enviadas pela estrada, em comboios”, detalhou o o delegado Tiago Carvalho, chefe da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) do Distrito Federal.

Também de acordo com investigações, os valores envolvidos no esquema depende de negociações e quantitativo de armas, mas áudios obtivos pela polícia, na época, apontavam que as compras já haviam ultrapassado cerca de R$ 1 milhão.

Parte da remessa chegaria para combater o Comando Vermelho (CV), que tem o BDM como rival no estado.

As investigações começaram após a comunicação de um possível furto em uma loja especializada na venda de armas de fogo no DF. Em um dos envios, o material foi interceptado durante a operação da polícia.

Ainda segundo o que foi apurado pela reportagem da CNN, um dos presos foi responsável por intermediar a venda das armas para municiar o BDM. O outro suspeito, funcionário da loja, ficou encarregado do transporte das 100 armas para a Bahia. O arsenal chegou a ser registrado como furtado pelo dono de um estabelecimento.

A farsa foi descoberta. O proprietário da loja foi preso pela comunicação de falso crime, após alegar que ladrões entraram na loja por um buraco na parede de um prédio e levaram as armas.

Na investigação inicial do suposto furto, quatro pessoas foram presas. A primeira foi uma mulher, que alugou o imóvel que tem parede lado a lado com a loja. Ela usou nome falso para alugar o espaço para montar um falso estabelecimento, quando, na verdade, o objetivo era acessar o cofre das armas. Em depoimento, ela contou que foi atraída por outro suspeito, que também acabou preso. Esse, contou que foi contratado por um assaltante, com uma extensa ficha criminal, que incluiu diversos assaltos a banco.

O outro envolvido na farsa trata-se do autor intelectual da invasão. Na ocasião, ele alegou que não havia armas dentro do cofre e, por isso, não houve furto. Diante da inconsistência dos fatos, a polícia descobriu que a loja estava ligada a diversos crimes tributários.

Os investigados responderão por crimes de falsificação de documentos, uso de documentos falsos, furto qualificado, comércio ilegal de armas de fogo e associação criminosa. As penas previstas variam de 1 a 12 anos de reclusão.



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