estacionamento será usado por lojistas até construção de novo prédio

Cerca de 3 mil pessoas que trabalhavam com os comerciantes do Shopping Popular de Cuiabá foram afetadas com a destruição do local, após incêndio na madrugada desta segunda-feira (15), segundo a Associação Comercial da capital.

Conforme o presidente da Associação dos Camelôs, Misael Oliveira Galvão, os comerciantes devem recomeçar as vendas com algumas barracas no estacionamento do local, até que a estrutura do shopping seja reerguida.

O anúncio foi feito após uma reunião com o Governo do Estado, no Palácio Paiaguás nesta manhã.

Ao todo, aproximadamente 600 comerciantes tiveram suas lojas destruídas durante o incêndio. Segundo Misael, ainda não há uma data definida para o recomeço, já que os bombeiros e a perícia ainda trabalham na área afetada.

“Não é fácil falar nesse momento para quem trabalhou até ontem 17h e foi acordado às 3h da manhã para falar de uma tragédia como essa. Foi tudo ao chão. Graças à Deus não feriu e não morreu ninguém, mas agora é recomeçar das cinzas”, lamentou o presidente da associação.

Segundo Misael, ficou inicialmente definido que o estado dará um capital de giro de cerca de R$ 120 mil para cada associado. Os demais detalhes sobre valores, ainda serão discutidos entre representantes do shopping e o Governo do Estado.

“O governo vai dar amparo para recomeçar, com tendas e outros materiais no estacionamento do shopping e a estrutura do Complexo Dom Aquino. Vamos montar os tripés no estacionamento. Não perdermos nossos clientes e podemos trabalhar para levar o sustento para nossa família, porque hoje nós estamos sem chão, sem cobertura, sem barracas, mas estamos com esperança e fé em Deus que vamos recomeçar”, conclui.

A Prefeitura de Cuiabá também convocou uma reunião emergencial com a equipe do município para planejar as medidas a serem tomadas para minimizar os prejuízos das famílias e a reconstrução do local. O encontro deve acontecer na tarde desta segunda-feira.

Em entrevista, o governador em exercício, Otaviano Pivetta, disse que será feito um balanço dos danos causados pelo incêndio para a construção de um plano de apoio aos comerciantes que tiveram prejuízo e também irão ajudar na reconstrução do shopping.

SEM SEGURO > O representante dos lojistas informou que o local não tinha seguro, pois não conseguiram uma seguradora para fechar o serviço para todos os lojistas.

Incêndio

O incêndio começou na madrugada desta segunda-feira (15). Investigação da Polícia Civil suspeita de que o fogo tenha sido causado por uma falha no sistema elétrico.  

Contudo, a Polícia Civil ressaltou que as investigações continuam para apuração dos fatos e esclarecimento da origem do fogo. 
 
A Polícia Civil requisitou exame técnico pericial do local, dos quais serão realizados após encerramento total das atividades do Corpo de Bombeiro. 

Informações iniciais revelam que o vigia do local tentou conter as chamas, mas não conseguiu e acionou os bombeiros.

O tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Heitor Fernandes da Luz, informou que o incêndio pode ter começado em bancas próximas à Avenida Carmindo de Campos e que as equipes continuam no local.