EUA não falarão sobre proposta de cessar-fogo de dois dias em Gaza


O porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Matthew Miller, não quis comentar sobre o acordo de cessar-fogo de dois dias em Gaza, proposto pelo Egito, mas ressaltou que os EUA estão “abertos a diferentes tipos de negociações”.

“Não quero falar de nenhuma proposta específica. Não acho que seja benéfico abordá-las publicamente”, declarou Miller durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (28).

Miller pontuou que os EUA tentaram uma pausa do gênero em novembro de 2023, que levou à libertação de alguns dos reféns.

“Sempre deixamos claro que estamos abertos a diferentes tipos de acordos e queremos analisar diferentes tipos de propostas e ver se há alguma possível, mas temos dois grandes objetivos primordiais: um é trazer os reféns para casa e o outro é acabar com a Guerra”, destacou Miller.

“E essas são as duas coisas que estamos tentando alcançar nas nossas negociações e nas nossas conversas com outras autoridades da região”, acrescentou.

As negociações sobre reféns e cessar-fogo em Gaza foram retomadas em Doha no domingo (27), de acordo com um diplomata familiarizado com o assunto. Foi a primeira rodada de negociações em mais de dois meses. Autoridades dos EUA defenderam uma desescalada do conflito após o assassinato do líder do Hamas, Yahya Sinwar, por Israel.

No domingo, o Egito propôs publicamente um acordo de cessar-fogo de dois dias, em que quatro reféns israelenses em Gaza seriam trocados por prisioneiros palestinos em Israel. O Cairo desempenhou um papel fundamental na mediação das negociações, junto com o Catar e os EUA.

Entenda o conflito na Faixa de Gaza

Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.

Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.

A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.

Após cerca de um ano do conflito, a população israelense saiu às ruas em protestos contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertados.

O líder do Hamas, Yahya Sinwar, foi morto pelo Exército israelense no dia 16 de outubro, na cidade de Rafah.

O que se sabe sobre o ataque do Irã contra Israel



Fonte do Texto

VEJA MAIS

Cruzeiro é atropelado e Racing é campeão da Sul-Americana 2024; veja gols

O Racing é o novo e inédito campeão da Conmebol Sul-Americana. O time da Argentina…

COP29 fecha acordo de US$ 300 bilhões para financiamento climático

Os países participantes da COP29 concordaram neste sábado (23), no Azerbaijão, sede da cúpula, com…

PF faz operação contra venda de arma de fogo na Bahia

A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público da Bahia, realizou uma operação para…