EUA tentam diminuir risco de escalada no Oriente Médio, diz diplomata americano

CNN Brasil


Os EUA não apoiam a escalada entre as força israelenses e o Hezbollah na fronteira entre Israel e o Líbano, disse um alto funcionário do Departamento de Estado, acrescentando que Washington iria discutir “ideias concretas” com aliados e parceiros para evitar que a guerra se alargasse.

Israel lançou ataques aéreos contra alvos do Hezbollah nesta segunda-feira (23), matando 492 pessoas e fazendo dezenas de milhares fugirem no dia mais mortal do Líbano em décadas, de acordo com as autoridades.

Oficiais israelenses disseram que o recente aumento nos ataques aéreos contra alvos do Hezbollah no Líbano foi projetado para forçar o grupo alinhado ao Irã a concordar com uma solução diplomática.

Mas o funcionário do Departamento de Estado dos EUA, informando repórteres em Nova York sob condição de anonimato, rejeitou essa posição israelense, dizendo que a administração do presidente Joe Biden estava focada em “reduzir as tensões … e quebrar o ciclo de ataque-contra-ataque”.

“Não consigo me lembrar, pelo menos na memória recente, de um período em que uma escalada ou intensificação levou a uma desescalada fundamental e levou a uma estabilização profunda da situação”, disse o oficial.

Questionado se isso é um desacordo com a posição israelense, o oficial dos EUA assentiu.

O conflito crescente sobre a fronteira norte de Israel com o Líbano é um foco para o Secretário de Estado Antony Blinken nos bastidores da Assembleia Geral da ONU esta semana. Washington tinha “ideias concretas” para evitar uma guerra mais ampla e buscaria uma “rampa de saída” para as tensões, disse o oficial.

“É uma evolução dessas discussões nas quais estamos tentando basear algumas etapas práticas e concretas que terão boas chances de reduzir as tensões e realmente ganhar alguma tração”, disse o oficial.

Questionado se Washington acredita que Israel está se preparando para uma invasão terrestre do Líbano, o oficial dos EUA se recusou a responder definitivamente.

“Obviamente, não acreditamos que uma invasão terrestre do Líbano vá contribuir para reduzir as tensões na região”, disse ele.



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