A recente decisão de Donald Trump de interromper a ajuda militar à Ucrânia tem gerado preocupações sobre o futuro do conflito e as relações internacionais. Christopher Garman, diretor-executivo da Eurasia Group, ofereceu uma análise detalhada sobre a situação durante sua participação no programa WW.
Garman destacou que, apesar da decisão de Trump, ainda há tempo para se chegar a um novo acordo de paz na Ucrânia. Segundo o especialista, a Ucrânia tem capacidade de se manter e se defender contra os russos por alguns meses, mesmo sem novos suprimentos americanos.
Possíveis cenários para o conflito
O analista apresentou algumas alternativas para o desenvolvimento da situação:
1. A Europa poderia aumentar significativamente seu envolvimento, oferecendo maior cobertura de segurança para a Ucrânia.
2. Um novo acordo intermediado pelo Reino Unido e França poderia ser negociado, possivelmente trazendo os Estados Unidos de volta à mesa de negociações.
3. Os países europeus poderiam aumentar substancialmente seus gastos militares e oferecer ajuda financeira e de tropas para a Ucrânia.
Garman ressaltou que a decisão de Trump sinaliza uma possível ruptura na aliança transatlântica que perdura desde a Segunda Guerra Mundial. “A grande mensagem é que a Europa não mais pode contar com os Estados Unidos”, afirmou.
Impacto nas relações internacionais
O especialista também observou movimentos recentes da Casa Branca que indicam uma possível reaproximação entre os Estados Unidos e a Rússia, incluindo negociações com o governo de Vladimir Putin e interesses econômicos e comerciais sendo discutidos.
Garman concluiu que, embora a situação seja preocupante, “nada está ainda totalmente perdido”. No entanto, ele prevê uma inevitável reavaliação dos gastos militares na Europa nos próximos anos, à medida que o continente se adapta a um cenário de menor dependência dos Estados Unidos.