expedição tem encontro histórico com a onça no Pantanal


Para marcar as comemorações dos 60 anos da Globo, uma expedição especial foi organizada para mostrar um dos símbolos mais marcantes da biodiversidade brasileira: a onça-pintada do Pantanal. E, claro, os bastidores dessa jornada não poderiam ficar de fora.

A missão começou com o encontro de duas equipes: profissionais da TV Globo e da TV Centro América embarcaram rumo a Porto Jofre, em Mato Grosso, levando na bagagem câmeras, tripés e uma boa dose de expectativa.

Na Transpantaneira, estrada que corta a maior planície alagável do planeta, a viagem demorou mais que o previsto. O motivo? Paradas inevitáveis para registrar as paisagens exuberantes, os animais silvestres e os cenários de tirar o fôlego.

No dia seguinte à chegada, mesmo sob chuva, a equipe iniciou as gravações. Um dos momentos mais emocionantes foi o reencontro do pecuarista Jamil Rodrigues com reportagens antigas sobre onças exibidas ao longo das últimas décadas. Neto e filho de caçadores, ele se orgulha por ter seguido um caminho diferente: o da preservação.

“Foi muito emocionante, voltei no tempo. Isso foi muito gratificante”, contou, emocionado, após rever as imagens históricas.

Para capturar essa emoção, o repórter cinematográfico da Globo, Lúcio Rodrigues, coordenou uma operação com três câmeras e dois auxiliares. “A ideia é não perder nenhum ângulo. Queremos registrar o que está acontecendo no momento, sem repetir cenas”, explicou.

Wilson Ribeiro, da TV Centro América, trouxe a experiência de quem conhece o Pantanal como poucos. E logo veio a missão mais esperada: encontrar a onça-pintada. Em pleno período de cheia, os barrancos — locais onde elas costumam descansar — estavam submersos. Mas a persistência foi recompensada.

A primeira onça apareceu timidamente, logo se escondendo. Mas, com a ajuda de um drone, foi possível flagrá-la desfilando na mata. No último dia de gravação, a equipe se dividiu para aumentar as chances de novos registros — e deu sorte.

“Ficamos em silêncio total. A onça estava ali, tirando um cochilo. Foi incrível”, disse o repórter Lucas Lélis, que acompanhou os bastidores.

Enquanto os registros aconteciam, a emoção tomava conta da equipe. “Sempre sonhei em vir ao Pantanal. Ver a onça foi um privilégio”, afirmou Bia Rónai, produtora do Jornal Nacional. A editora Laura Nonohay também se emocionou: “Fiquei paralisada. A protagonista da nossa história apareceu”.

Além de contribuir com as imagens, Eunice Ramos, repórter que já documentou a fauna brasileira inúmeras vezes, também viveu um momento pessoal. “Já estive frente a frente com a onça cerca de 15 vezes, e nunca é igual. É uma mistura de fascínio e respeito. Ela representa um habitat saudável, preservado. Estar aqui é sempre emocionante”.

Ao fim da jornada, duas onças foram avistadas, se cruzaram brevemente e seguiram caminhos opostos, deixando para trás um rastro de beleza e reflexão.

A reportagem é um presente para os 60 anos da Globo — e uma lembrança do valor que a natureza brasileira tem para o país e para o mundo.



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