Gilmar Machado da Costa, conhecido como “Gilmarzinho”, um dos mortos em um confronto com a Força Tática da Polícia Militar nesta quinta-feira (20), durante a Operação Acqua Ilicita, era condenado por tráfico de drogas e, mesmo assim, já foi homenageado na Câmara Municipal de Cuiabá.
Além de Gilmar, Fábio Junior Batista Pires, vulgo “Farrame”, também morreu. Ambos eram faccionados e resistiram à abordagem da polícia.
Segundo informações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ambos faziam parte da estrutura do Comando Vermelho (CV) que controlava o fornecimento de água mineral na região.
Condenado e homenageado
Gilmar havia recebido uma Moção de Aplausos da Câmara de Vereadores de Cuiabá, em novembro de 2024.
A homenagem foi proposta pelo vereador Pastor Jefferson Siqueira (PSD), com a justificativa de que Gilmar prestava serviços como líder comunitário no bairro Nova Conquista, onde também atuava como faccionado.
Confronto e operação contra facção criminosa
A operação realizada na manhã desta quinta-feira (20) tinha o objetivo de cumprir 12 mandados de prisão e 60 mandados de busca e apreensão. A investigação revelou que criminosos vinham extorquindo comerciantes da Grande Cuiabá, impondo taxas ilegais e ameaçando aqueles que se recusavam a pagar.
A operação mobilizou 340 policiais militares e 60 agentes do Gaeco, com ordens judiciais cumpridas em quatro municípios. Além das prisões, também foi determinado o sequestro de bens e valores ilícitos, incluindo 33 veículos usados pela facção.
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