Nesta sexta-feira (13), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou mais de R$ 150 milhões em investimentos na agricultura familiar em Mato Grosso.
São mais de oito projetos que visam desde a capacitação e estruturação da produção até comercialização dos produtos de agricultores familiares, comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas, pantaneiros e de produções agroecológicas.
“A agricultura familiar hoje no estado de Mato Grosso, é praticamente de subsistência, ela não tem cadeias produtivas estruturadas. O desafio é fazer dessa agricultura familiar também um exemplo de agricultura empresarial”.
Mais de R$ 7 milhões para construção de um abatedouro de ovelhas e carneiros em Acorizal, a 59 km de Cuiabá, com a capacidade de até 300 abates por dia, o objetivo é eliminar os clandestinos, gerar empregos e abrir novos mercados.
A maioria dos investimentos vai ser aplicada nas instalações do projeto da Unidade Mista de Pesquisa e Inovação (Umipi) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Nossa Senhora do Livramento, a 42 km de Cuiabá, e R$ 5 milhões para melhorar as estradas.
Serão R$ 48 milhões investidos na Embrapa da Baixada Cuiabana que vai ter como foco no desenvolvimento da agricultura familiar e culturas locais, com a produção de frutas, mandiocas, peixes, hortaliças, entre outras.
Com investimento de R$ 1,6 milhões, será distribuídos 140 kits para geração de energia solar em 10 assentamentos no Estado. Confira outros projetos:
Projeto Alimentar
Com investimento de R$ 2,5 milhões, o projeto vai plantar três hortas solidárias na baixada cuiabana, com capacitação de famílias em situação de vulnerabilidade para produzir na área urbana e ajudar no combate à insegurança alimentar.
A primeira etapa é em Várzea Grande, será desenvolvido 2,5 hectares desde o preparo do solo até o plantio de hortaliças que serão distribuídas em cestas para famílias beneficiárias do programa.
Promoção da segurança alimentar de povos indígenas
Serão dois projetos destinados à segurança alimentar de povos indígenas, em parceria com o IFMT (Instituto Federal de Mato Grosso). Um dos projetos vai direcionar R$ 2 milhões de capacitação da etnia Tapiraré para produção de alimentos e geração de renda.
Já o outro convênio de R$ 12 milhões de reais com a UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) vai realizar ações de desenvolvimento para agregar valor às produções agrícolas dos indígenas Xavante.
Elas na Agricultura: empreendedorismo feminino no campo
O projeto vai receber R$ 1,5 milhão para promover capacitação de mulheres no campo. Serão realizadas oficinas temáticas para fortalecimento pessoal, econômico, social e de cidadania, além disso plano individual de gestão, logística e governança rural, entre outros.
Aquisição de máquinas e equipamentos
Serão R$ 15 milhões para compra de maquinários como escavadeiras, caminhões caçamba, motoniveladoras pro uso de atividades agropecuárias em nove cidades, entre elas: Acorizal, Novo Mundo, Glória D’Oeste, Vila Bela da Santíssima Trindade, Poxoréo, Pontal do Araguaia, Santa Rita do Trivelato, Jauru e Vale de São Domingos.
Projeto Solo Vivo
Com investimento de R$ 28,3 milhões, busca a recuperação de áreas degradadas na agricultura familiar. Além de ter ajuda de custo, os agricultores terão tecnologia e assistência técnica em parceria com a IFMT. Serão 10 assentamentos atendidos nos municípios de: Alto Araguaia, Campo Verde, Poconé, Rosário Oeste, Barra do Bugres, São Félix do Araguaia, Matupá, Juína, Pontes e Lacerda e São José dos Quatro Marcos.
“Com capacitação, com orientação técnica e com investimento em máquinas, em irrigação, nós possamos então fazer agricultura em uma agricultura próspera, que dá lucro, que assenta de fato o homem e a mulher no campo e gera oportunidade de riqueza”.