Com a extinção dos focos de incêndio no Pantanal por conta da chuva, no último final de semana, aos poucos, a fauna renasce na região. Na segunda-feira (12), em meio ao cinza da vegetação devastada pelas chamas, nasceu o primeiro filhote do período reprodutivo das araras-azuis que são monitoradas pelo Instituto Arara Azul.
O nascimento foi recebido com emoção pelos pesquisadores da instituição. Assista abaixo o vídeo publicado pela entidade:
Nas redes sociais, os pesquisadores do instituto narraram as horas de expectativa e ansiedade, antes da descoberta. O filhote nasceu em um dos ninhos mantidos pela equipe no Refúgio Caiman, o maior centro de reprodução em vida livre da arara-azul no Pantanal. O local foi um dos locais mais atingidos pelos incêndios entre os meses de julho e agosto.
A médica veterinária do Instituto Arara Azul, Maria Eduarda Monteiro, explica que o ninho contava com dois ovos. Um deles, aparentemente, havia sido predado por algum animal. Desde então, restava a esperança de que o outro ovinho eclodisse naturalmente.
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Uma arara-azul!
Nesta segunda (12) durante visita ao local, veio a surpresa boa que todos esperavam. Uma arara-azul nasceu, emocionando os pesquisadores.
“É o primeiro filhote depois do fogo. É um filhote que traz muita esperança para nós”.
Maria Eduarda Monteiro, médica veterinária do Instituto Arara Azul
Vale lembrar que, para além das adversidades causadas pelo fogo, a espécie ainda enfrenta o risco de extinção devido à ação de caçadores. Por isso a importância do trabalho desenvolvido pelo Instituto Arara Azul, que é conhecido mundialmente pelo trabalho de preservação destes animais.
“Apesar do fogo de tudo que ele passou, ele está bem, está com o papo cheio”, comemora o.
assistente de campo do Instituto Arara Azul, Lucas Rocha