fogo destrói área 64% maior que a média dos últimos 6 anos


O Brasil enfrentou o maior desastre ambiental relacionado a queimadas dos últimos anos em 2024. Segundo dados inéditos da plataforma Monitor do Fogo, do MapBiomas, o Pantanal, que teve o ápice da área queimada em agosto, teve 1,9 milhão de hectares afetados pelo fogo entre janeiro e dezembro de 2024.

Queimada na região pantaneira de MS. (Foto: Reprodução/Imasul)

O total de área queimada no Pantanal representa um aumento de 64% em relação à média dos últimos seis anos.

Apesar de não superar o recorde de 2020, o bioma segue vulnerável devido à seca extrema e às condições climáticas agravadas pelo fenômeno El Niño.

Segundo a pesquisa, mais de 30,8 milhões de hectares foram destruídos entre janeiro e dezembro, entre os biomas Pantanal, Amazônia, Cerrado e outros.

O total de área queimada representa um aumento de 79% em relação a 2023, marcando o maior índice desde 2019.

Dos hectares queimados, 73% eram de vegetação nativa, com destaque para formações florestais, que somaram 25% da área atingida. As pastagens também foram gravemente afetadas, com 6,7 milhões de hectares destruídos no mesmo período.

  1. Município de MS é o 2º mais atingido por queimadas em 2024

  2. Nova realidade do Pantanal provoca queimadas recorde e ameaça bioma

Amazônia lidera devastação ambiental

A Amazônia foi o bioma mais impactado em 2024, com 17,9 milhões de hectares queimados, mais da metade (58%) de toda a área destruída no Brasil no ano passado.

Este é o maior registro de queimadas no bioma nos últimos seis anos. Além disso, pela primeira vez, as formações florestais na Amazônia superaram as pastagens entre as áreas mais atingidas, com 6,8 milhões de hectares devastados.

O Cerrado também sofreu um impacto significativo, com 9,7 milhões de hectares queimados, sendo 85% em vegetação nativa.

A Mata Atlântica também teve um aumento preocupante, com 1 milhão de hectares queimados, o maior índice desde 2019.

A maioria das queimadas foi registrada em áreas agropecuárias, mas 26% atingiram remanescentes de vegetação nativa, causando impactos severos à biodiversidade.

De acordo com o Mapbiomas, especialistas apontam que o aumento expressivo das queimadas está diretamente ligado às condições climáticas extremas de 2024, marcadas pelo fenômeno El Niño, e à ação humana, como desmatamentos, queimadas ilegais e uso inadequado da terra.

Estados impactados pelas queimadas

Entre os estados, o Pará foi o mais atingido, com 7,3 milhões de hectares queimados, seguido por Mato Grosso (6,8 milhões) e Tocantins (2,7 milhões). Juntos, esses estados concentraram mais da metade da área devastada no país.

Entre os municípios, São Félix do Xingu (PA) e Corumbá (MS) lideraram em áreas queimadas, com 1,47 milhão e 841 mil hectares, respectivamente.

O MapBiomas ainda alerta que as projeções para 2025 são preocupantes. Com a confirmação do fenômeno La Niña, que provoca períodos de seca, especialistas temem que o Brasil enfrente novos recordes de queimadas, especialmente em biomas mais vulneráveis, como o Pantanal e a Amazônia.

Confira monitoramento do MapBiomas completo aqui.



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