Foguetes atingiram cidade de Haifa no norte de Israel

CNN Brasil


Os militares israelenses disseram neste domingo (6) que cinco projéteis foram disparados em direção à cidade de Haifa, no norte de Israel.

As Forças de Defesa israelenses conseguiu interceptar parte dos foguetes e outros atingiram a cidade.

O departamento de bombeiros e resgate de Haifa disse que foi em vários locais onde projéteis ou estilhaços caíram, e havia destroços de foguetes que haviam sido interceptados.

Um dos ataques ocorreu ao lado de um prédio residencial na Rua Shunit, na cidade, segundo os bombeiros.

Os primeiros socorristas estão trabalhando para ver se alguém foi ferido.

Esta parece ser a primeira vez que os foguetes realmente atingiram Haifa durante o mais recente conflito entre Israel e o Hezbollah no sul do Líbano.

Autoridades israelenses disseram no domingo que o Hezbollah disparou mais de 100 foguetes através da fronteira, enquanto Israel cotinua sua extensa campanha de bombardeio no sul de Beirute e áreas vizinhas no Líbano.

As Forças de Defesa de Israel disseram que sirenes também soaram na região da Alta Galileia, onde cerca de 15 projéteis foram identificados cruzando do Líbano. Alguns dos projéteis foram interceptados, e outros foram vistos caindo na área.

Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio

O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio.

De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares. São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.

Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos. O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.

As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.

No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais. Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.

Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino. Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense.

A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas. O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.



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