A França disse nesta quinta-feira (16) que convocou um diplomata venezuelano sênior em Paris para protestar contra a decisão do governo de Nicolás Maduro de limitar o número de funcionários diplomáticos franceses no país latino-americano.
O Ministério das Relações Exteriores francês afirmou em um comunicado que tomaria “medidas recíprocas”, mas não deu detalhes, e observou que está em “estreita coordenação” com outros países europeus que também foram impactados pela decisão.
“Essa convocação segue a decisão do regime venezuelano de reduzir a presença diplomática da embaixada francesa na Venezuela”, explicou o porta-voz Christophe Lemoine.
“A França rejeita categoricamente as alegações de interferência feitas contra ela”, adicionou.
Além disso, na quarta-feira (15), o chanceler da Itália publicou nas redes sociais que mandou convocar o encarregado de negócios venezuelano para contestar a decisão.
Também haveria um “protesto veemente” contra “a falta de informação sobre a detenção do cidadão italiano Alberto Trentin”.
” A Itália continuará pedindo à Venezuela que respeite as leis internacionais e a vontade democrática do seu povo”, pontuou o ministro Antonio Tajani.
Entenda o caso
A Venezuela anunciou na terça-feira (14) que vai impor restrições aos diplomatas de França, Itália e Países Baixos em Caracas e reduzir a equipe de suas embaixadas para três, citando a resposta “hostil” de seus governos à posse do presidente Nicolás Maduro para um terceiro mandato.
Várias nações ocidentais não reconheceram a vitória de Maduro nas eleições presidenciais de julho de 2024 na Venezuela.
França, Itália e Países Baixos condenaram veementemente a posse de Maduro na semana passada, enquanto os Estados Unidos ofereceram uma recompensa de US$ 25 milhões pela prisão de Maduro.
O governo holandês informou na quarta-feira que ordenou que a Venezuela corte sua equipe diplomática na Holanda de quatro para dois, em resposta à decisão da Venezuela.