Agora 100% recuperado, o gatinho que teve uma flecha atravessada no corpo, em Alta Floresta, a 800 km de Cuiabá, já foi adotado. O felino resgatado há pouco mais de 20 dias, recebeu alta na última semana, após passar por uma cirurgia, e já deixou a internação com um novo lar garantido.
A diarista Cleusa Venâncio, é a nova tutora e compartilhou um vídeo. (Veja abaixo)
No dia 7 de novembro, o gato foi resgatado por um grupo de voluntários, no bairro Cidade Alta, no município, ao ser encontrado com uma flecha atravessada no corpo.
No vídeo acima, Cleusa aparece com o gatinho no colo e fala sobre a recuperação dele após passar por dois procedimentos cirurgicos. Depois de tanto sofrimento, o felino está bem e até brinca e interage com outros pets da nova tutora.
“Ele tá bem, está lindo maravilhoso. Já tá nascendo os pelinhos [na região do ferimento], tá super bem cuidado”, enfatizou.
A diarista agradece ainda a equipe de médicos que lutaram pela vida do gatinho e pede ajuda para conseguir arcar com os custos do tratamento, que custou cerca de R$ 3,5 mil, desse valor, R$ 1,5 mil já foram pagos.
Quem tiveer interesse em ajudar a protetora de animais que está arcando com os custos veterinários, pode entrar em contato com a Rosângela Santos, pelo número (66) 99206‑2259.
Flecha atravessada no corpo
O gato foi encontrado por um grupo de protetores independentes do município. Nas imagens abaixo, uma ativista conta que acionou a Polícia Militar para ajudar no resgate e acompanhar o caso.
“Tomara que achem o responsável e punam, porque isso é uma crueldade sem tamanho”, diz um dos comentários do vídeo. Outros se prontificam a ajudar na recuperação do felino: “Para qual clínica ele foi levado? Pra eu ajudar financeiramente”.
Conforme Raquel Hoffmann, protetora de animais de Alta Floresta, um funcionário de um mercado local foi quem viu a situação do gato e acionou a dona da casa onde o felino tentou se esconder.
A dona da casa falou: ‘Ele não é meu, ele apareceu aqui. Eu já liguei pra polícia e para o bombeiro, eles falaram que não podem me ajudar porque não têm suporte. Esse gato está sofrendo. O menino fez o vídeo e levou para a patroa dele. A patroa entrou no grupo [de protetores] e fez o pedido de ajuda para a Rosângela Santos [também ativista]”, relata
De acordo com a Polícia Militar, após deixarem o gato ferido em um veterinário local, equipes fizeram buscas pela região onde ele foi encontrado em busca do suspeito responsável pelo crime de maus-tratos, mas ele não foi encontrado.
O caso é investigado.
Segundo caso este ano
No dia 30 de janeiro deste ano, um gato morreu dois dias após ser vítima de uma flecha atravessada no corpo, no bairro Jardim São Paulo, em Sinop, a 218 km de Cuiabá. Veja o vídeo abaixo.
Além da flecha atravessada no corpo, o animal ainda possuía um chumbinho na região do tórax, que foi constatado pela equipe da clínica veterinária para onde ele foi encaminhado.
Segundo a voluntária do Projeto Melhor Amigo, Patrícia Aline, de 36 anos, que resgatou o felino, ele teria morrido enquanto se recuperava da cirurgia pela qual precisou passar.
O gato seria um animal de rua, alimentado diariamente por uma moradora da região. Porém, estaria desaparecido há uma semana, reaparecendo ontem com o objetivo cravado no corpo.
Maus-tratos é crime
De acordo com uma Lei Federal, conhecida como Lei de Crimes Ambientais, qualquer ação ou omissão que cause sofrimento físico ou psicológico a um animal é considerado maus-tratos.
Esses atos cruéis podem variar desde agressões físicas até a privação de cuidados básicos, como alimentação adequada, água, abrigo, assistência veterinária e condições de higiene.
A Lei de Crimes Ambientais estabelece pena de detenção de três meses a um ano, além de multa, para quem cometer maus-tratos aos animais. Em casos mais graves, como lesões graves ou morte do animal, a pena pode ser aumentada em até um terço.
As autoridades competentes, como a polícia, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e as sociedades protetoras dos animais, devem ser informadas para investigar e tomar as devidas providências legais.