Governo reforça segurança para controlar conflitos em Douradina

Efetivo na Força Nacional em Douradina (MS) (Foto: Thalyta Andrade)


Após conflito que deixou mais de 11 pessoas feridas em Mato Grosso do Sul, efetivo da Força Nacional de Segurança dobrou efetivo nesta quarta-feira (7) em Douradina, município a 245 km de Campo Grande. Confira abaixo o vídeo da equipe chegando ao local:

Com a atualização, o efetivo na área de conflito passou de 18 para 65 policiais e de oito para 18 viaturas.

Novo efetivo na Força Nacional chegou a Douradina (MS) na tarde desta quarta (7). (Foto: Thalyta Andrade)

A mudança foi definida após reunião entre o Coordenador Geral de Operações da Força Nacional, Luíz Humberto Caparroz, e a ministra dos povos indígenas, Sônia Guajajara, que ocorreu na tarde desta quarta-feira (7) em Dourados (MS) para definir estratégias de patrulhamento.

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De acordo com o coordenador da Força Nacional, o aumento do efetivo sinaliza uma mudança positiva, porque o aumento do policiamento tende a diminuir o tensionamento. 

“Na verdade, houve um tensionamento um pouco maior e a ideia é que a Força Nacional esteja atuando em defesa dos direitos humanos de todas as pessoas, tanto dos indígenas como dos agricultores que estão acampados”, relatou Caparroz.

O prazo estabelecido para a atuação do novo contingente no local é de 90 dias. No entanto, o comandante também afirma que os novos agentes permanecerão no local enquanto houver necessidade.

“A principal questão que temos observado é que outros ministérios têm atuado com bastante força nessa caso e é a soma de esforços que vai diminuir esses tensionamentos no local”.

Há 24 dias, indígenas Guarani Kaiowá e produtores rurais estão em conflito por uma terra na área rural de Douradina.

De acordo com o MPI (Ministério dos Povos Indígenas ), a área ocupada pelos indígenas tem 12.196 hectares e foi delimitada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em 2011, mas ainda não houve demarcação porque o processo foi judicializado.

Entre os dias 13 e 15 de julho, os indígenas começaram a retomar outros quatro territórios na mesma região. Os fazendeiros montaram um acampamento em frente ao dos indígenas e a tensão aumentou.

Ministra dos Povos Indígenas visitou área de conflito

Na última terça (6), a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, visitou a área de confronto entre guaranis kaiowás e fazendeiros, em Douradina (MS). 

A comitiva é composta por membros do próprio Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e Fundação dos Povos Indígenas (Funai).

Durante a visita, Guajajara conversou com representantes dos guarani kaiowá e no momento afirmou encaminhar soluções para o conflito por meio do diálogo.

Vítimas dos conflitos

Entre a noite do último domingo (4) e a madrugada desta segunda (5), seis pessoas ficaram feridas em novo confronto.

Entre os feridos, cinco são produtores rurais e uma vítima é indígena. As vítimas sofreram ferimentos superficiais e não quiseram ser encaminhadas ao atendimento médico.

No sábado (3), cinco indígenas da etnia guarani kaiowá também foram feridos com tiros de armas letais e de munição de borracha. Os atacados no sábado foram encaminhados ao Hospital da Vida, em Dourados.

À reportagem, a instituição informou que apenas um indígena segue internado aguardando avaliação neurológica.

O conflito na região segue desde o dia 13 de julho, quando um indígena foi baleado na perna por uma bala de borracha.

Enquanto indígenas afirmam ser donos ancestrais da área, fazendeiros alegam serem proprietários legais da terra.

Polícias militar e federal, representantes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), militares da Força Nacional e promotores do Ministério Público Federal (MPF) foram ao local do conflito.

Mesmo com diversas reuniões, nenhum acordo foi firmado entre as partes.





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