Groenlândia quer fortalecer laços de defesa e mineração com os EUA, diz autoridade


O primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede, afirmou nesta segunda-feira (13) que o país está tentando fortalecer seus laços de defesa e mineração com os Estados Unidos, mas em seus próprios termos. A declaração vem após o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, demonstrar interesse renovado no território dinamarquês.

Trump, que assumirá o cargo em 20 de janeiro, retomou na semana passada uma ideia lançada durante seu primeiro mandato de adquirir a ilha ártica estrategicamente importante e rica em minerais, e descreveu o controle norte-americano da Groenlândia, um território semiautônomo da Dinamarca, como uma “necessidade absoluta”.

Egede disse que seu governo está procurando maneiras de cooperar com os Estados Unidos e que está pronto para iniciar um diálogo com o novo governo de Trump, mas enfatizou que caberia a ele decidir como proceder.

Questionado em uma entrevista coletiva em Nuuk nesta segunda-feira sobre a expansão das capacidades militares dos EUA na vasta ilha do Ártico, Egede disse: “A independência da Groenlândia é assunto da Groenlândia, também em relação ao uso de suas terras, portanto, também é a Groenlândia que decidirá a que acordo devemos chegar.”

Egede convocou os líderes dos partidos políticos da Groenlândia para uma reunião em Nuuk, a capital, para discutir uma abordagem coletiva para os interesses dos EUA.

“Esta é a primeira vez que a Groenlândia está sendo ouvida de forma intensa. Precisamos ter calma, tirar proveito das coisas e nos mantermos unidos”, disse.

Embora Trump não tenha descartado o possível uso de meios militares ou econômicos para obter o controle da Groenlândia na semana passada, o vice-presidente eleito dos EUA, JD Vance, falando à emissora Fox News no domingo (12), descartou o uso de força militar, embora tenha destacado a importância estratégica da Groenlândia e seus ricos recursos.

“Foi preocupante quando ouvimos isso pela primeira vez. Mas o vice-presidente disse ontem que eles não têm interesse em usar armas. Nosso interesse é a cooperação”, disse Egede.



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