Grupos de ajuda humanitária reforçam urgência de auxílio a Gaza após acordo

CNN Brasil


Agências de ajuda internacional pedem uma ampliação urgente do acesso humanitário a Gaza, após fechamento do acordo de cessar-fogo-reféns entre Israel e Hamas.

Muitos acolheram a resolução e prometeram ampliar o trabalho no território palestino, onde 15 meses de constante bombardeios israelenses e restrições à ajuda causaram uma crise humanitária catastrófica.

Veja o que os grupos de ajuda disseram:

UNRWA: A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA na sigla em inglês), principal grupo de ajuda humanitária em Gaza, pediu “acesso humanitário rápido, desimpedido e ininterrupto e suprimentos para responder ao tremendo sofrimento causado por esta guerra”.

Cerca de dois milhões de pessoas dependem da agência para obter ajuda, com um milhão de pessoas usando abrigos da UNRWA para alimentação e assistência médica em meio aos combates no território.

UNICEF: O Fundo das Nações Unidas para a Infância afirmou que o acordo estava “muito atrasado”. Pelo menos 14.500 crianças foram mortas e a guerra deixou “17 mil desacompanhadas ou separadas dos pais”, relatou.

O grupo pediu que as partes que permitissem o “nível necessário de ajuda em Gaza” para que pudesse “aumentar a triagem e o tratamento de crianças que sofrem de desnutrição” e “facilitar a recuperação da vacinação para 420 mil menores de 5 anos”.

WFP: O Programa Mundial de Alimento (WFP na sigla em inglês) declarou que tem comida suficiente ao longo das fronteiras e a caminho de Gaza para alimentar mais de um milhão de pessoas por três meses, mas precisa de fundos urgentes.

Para poder aumentar e distribuir a ajuda, ele também “precisa de todas as passagens de fronteira abertas e funcionando de forma confiável. Também precisamos que equipes humanitárias sejam capazes de se mover livremente e com segurança por Gaza para alcançar os necessitados”.

Cruz Vermelha: O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (ICRC na sigla em inglês) alegou que está preparado para ajudar a implementar o acordo.

O grupo facilitou a libertação de 109 reféns junto com 154 detidos palestinos em 2023, e afirmou que essas operações “são altamente complexas e exigem planejamento logístico e de segurança meticuloso para minimizar o risco à vida”.

O comitê exclamou que está “preparado para aumentar massivamente nossa resposta humanitária em Gaza” e alertou que as imensas necessidades humanitárias “levarão meses, se não anos” para serem atendidas.

NRC: O Conselho Norueguês para Refugiados (NRC na sigla em inlês) apelou a Israel para suspender imediatamente todas as restrições à ajuda e às agências de ajuda “para evitar condições semelhantes à fome e garantir acesso a abrigo, comida e assistência médica para todos os necessitados”.

O conselho chamou a atenção para a destruição em massa na Faixa de Gaza e a necessidade de reparar e reconstruir casas, escolas, hospitais e outras infraestruturas civis.

O grupo anunciou que suas equipes no local estão prontas para “aumentar nossos esforços, ajudando as famílias a começar o longo processo de reconstrução de suas vidas”.

IRC: O presidente do Comitê Internacional de Resgate (IRC na sigla em inglês), David Miliband, expressou que um cessar-fogo era “mais do que urgente”.

Ele disse à CNN: “É preciso haver um aumento massivo dos fluxos de ajuda — isto é, medicamentos, itens não alimentares, comida, água, o básico da vida e o combustível para levar esses bens pela Faixa de Gaza”.

Segundo Miliband, as condições precisam ser mais seguras para que os trabalhadores humanitários façam seu trabalho e para que os civis recebam ajuda e cuidados médicos.



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