Hamas acusa Israel de descumprir acordo e vai adiar libertação de reféns

CNN Brasil


O braço armado do Hamas adiará a libertação de mais reféns israelenses que estava planejada para sábado (15) até novo aviso, de acordo com uma declaração do porta-voz do grupo no Telegram.

O grupo radical acusou Israel de descumprir pontos do acordo de cessar-fogo para a Faixa de Gaza, incluindo “atrasar o retorno de pessoas deslocadas ao norte de Gaza, alvejá-las com bombardeios e tiros em várias áreas da Faixa e não permitir a entrada de ajuda humanitária em todas as suas formas acordadas”.

Israel concluiu a retirada de suas tropas do Corredor Netzarim, uma estrada importante que divide Faixa de Gaza ao meio, no domingo (9). Milhares de pessoas tentam voltar ao norte do território palestino.

O Hamas afirmou que “honrou totalmente seus compromissos”, mas que Israel deve cumprir sua parte do entendimento.

“Consequentemente, a libertação dos prisioneiros sionistas, que estava programada para sábado, 15 de fevereiro de 2025, será adiada até novo aviso, aguardando a conformidade do inimigo e o cumprimento retroativo das obrigações das últimas semanas”, alerta a nota das Brigadas al-Qassam, o braço armado do grupo palestino.

Israel ordena preparação de tropas e troca acusação

Em resposta ao anúncio do Hamas, o Ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, disse que instruiu os militares a se prepararem no mais alto nível de prontidão em Gaza e a defender as comunidades israelenses.

O governo israelense também afirmou que o Hamas violou o acordo de cessar-fogo e que vê qualquer ação do tipo com gravidade.

Além disso, ressaltou que insiste em manter o entendimento como está escrito.

Libertação de reféns do Hamas

Até agora, 16 dos 33 reféns que deveriam ser soltos na primeira fase do acordo de cessar-fogo para Gaza voltaram para casa, assim como cinco reféns tailandeses que foram libertados em uma ação que não estava prevista.

Em troca, Israel libertou centenas de prisioneiros palestinos, desde alguns cumprindo penas de prisão perpétua por ataques mortais até outros detidos durante a guerra e mantidos sem acusação.

Mas o Hamas acusou Israel de falhar em permitir o envio de ajuda humanitária para Gaza, uma das condições da primeira fase do acordo, algo que o governo israelense negou.

Por sua vez, Israel acusou o Hamas de não respeitar a ordem em que os reféns deveriam ser libertados e de organizar exibições públicas abusivas diante de multidões quando eles foram entregues à Cruz Vermelha.

Veja fotos de antes e depois de reféns do Hamas:



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