Hamas condena decisão de Israel de adiar libertação de prisioneiros

CNN Brasil


Neste domingo (23), o Hamas condenou a decisão de Israel de adiar a libertação de prisioneiros e detidos palestinos, afirmando que sua alegação de que as cerimônias de entrega dos reféns são “humilhantes” era falsa e um pretexto para fugir das obrigações do acordo de cessar-fogo de Gaza.

“A decisão do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu reflete uma tentativa deliberada de interromper o acordo, representa uma clara violação dos termos e mostra a falta de confiabilidade da ocupação na implementação de suas obrigações”, falou Ezzat El Rashq, membro do gabinete político do Hamas, em uma declaração.

Israel comentou anteriormente que estava atrasando a libertação de centenas de prisioneiros palestinos que iam ser soltos até que o Hamas cumprisse suas condições, ressaltando a fragilidade do acordo de cessar-fogo de Gaza.

O gabinete de Netanyahu divulgou uma declaração nas primeiras horas deste domingo (23) informando que Israel estava esperando para entregar os 620 prisioneiros e detidos palestinos “até que a libertação dos próximos reféns fosse garantida, e sem cerimônias humilhantes“.

El Rashq, do Hamas, falou que as cerimônias não incluem nenhum insulto aos reféns, “mas refletem o tratamento humano e digno deles”, acrescentando que o “verdadeiro insulto” é o que os prisioneiros palestinos são submetidos durante o processo de libertação.

O oficial do grupo militante palestino citou as mãos amarradas dos prisioneiros e detidos palestinos, os olhos vendados e ameaças de não realizar nenhuma celebração pela libertação como exemplos da humilhação nas mãos das autoridades israelenses.

O Hamas levou reféns a um palco diante de multidões e algumas vezes tiveram que falar antes de serem entregues.

O anúncio de Israel, que também acusou o grupo de violar repetidamente o cessar-fogo de um mês, veio após a entrega no sábado (22), de seis reféns de Gaza como parte de uma troca arranjada sob a trégua.

Os seis libertados no sábado (22) eram os últimos cativos israelenses vivos a serem soltos durante a primeira fase da resolução.

A previsão é os corpos de quatro reféns israelenses mortos seriam entregues na próxima semana.

 



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