O alto funcionário do Hamas, Izzat el-Reshiq, afirmou nesta quarta-feira (5) que o grupo “rejeita veementemente” os planos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a Faixa de Gaza.
Falando à Reuters de Doha, capital do Catar, Reshiq exigiu que “o líder dos EUA se retratasse dessas declarações porque elas jogam lenha na fogueira”.
Ele também pediu que as nações árabes realizassem uma “cúpula árabe-islâmica urgente para analisar tais declarações”.
Trump afirmou na terça-feira (4) que os EUA assumiriam o controle de Gaza devastada pela guerra e criariam uma “Riviera do Oriente Médio” após reassentar palestinos em outros lugares, destruindo décadas de política americana sobre o conflito israelense-palestino e atraindo condenação regional.
A atitude chocante atraiu rápida condenação da Arábia Saudita, com quem o presidente republicano espera que estabeleça laços com Israel.
Trump revelou seu plano surpresa sem fornecer detalhes, em uma coletiva de imprensa conjunta com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
O anúncio seguiu a proposta chocante do republicano na terça-feira para o reassentamento permanente de mais de dois milhões de palestinos de Gaza para países vizinhos, chamando o território – onde a primeira fase do acordo de cessar-fogo e libertação de reféns entre Israel e Hamas está em vigor – um “local de demolição”.
