O apresentador Silvio Santos morreu nesse sábado (17) aos 93 anos em decorrência de broncopneumonia após infecção por Influenza (H1N1). Se corpo foi sepultado neste domingo (19) em São Paulo, numa cerimônia restrita apenas a amigos e familiares.
Seu império como fundador do SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) e demais negócios, como a empresa de cosméticos Jequiti, Baú da Felicidade e Tele Sena, está avaliado em mais de R$ 1,6 bilhão. Ele também foi acionista controlador do Banco PanAmericano S.A.
Segundo a revista Forbes, cada uma das seis filhas do apresetador receberá R$ 100 milhões de herança, além de outros bens e imóveis.
Silvio esteve na lista dos bilionários, feita pela Forbes em 2013, quando sua fortuna foi avaliada em R$ 2,67 bilhões, ocupando o 59º lugar. Em 2020, aparece no novo ranking de bilionários brasileiros com fortuna de R$ 1,9 bilhão, na 179ª posição, R$ 740 milhões a menos do que em sua estreia.
Apesar da queda nos lucros, Silvio construiu um império de mais de 30 empresas. Entre as principais estão a Simba Content, programadora que negocia conteúdo de Record, SBT e RedeTV!, além da Liderança Capitalização (promotora da Tele Sena), Hotel Jequitimar, no Guarujá, a Sisan Empreendimentos Imobiliários e a TV Alphaville.
As herdeiras são Cíntia Abravanel, 61 anos; Silvia Abravanel, 53 anos; Daniela Beyrute, 48 anos; Patrícia Abravanel, 46 anos; Rebeca Abravanel, 43 anos e Renata Abravanel 39 anos.
A viúva Íris Abravanel comanda a teledramaturgia do SBT. Ela e Silvio se casaram em 1981. Silvio Santos, que, na verdade, se chamava Senor Abravanel, nasceu em 12 de dezembro de 1930, no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro. Filho de imigrantes judeus, Alberto e Rebeca, ele foi o primogênito de uma família de cinco irmãos.
Sepultamento em São Paulo
Em razão das tradições judaicas, não houve velório público. O pedido de privacidade também foi reforçado em vida pelo apresentador, que é filho de imigrantes judeus.
Segundo a família de Silvio, ainda em vida, o apresentador afirmou que não queria ter sua imagem explorada após a morte.
“Ele pediu para que, assim que ele partisse, que o levássemos direto para o cemitério e fizéssemos uma cerimônia judaica. Ele pediu para que não explorássemos a sua passagem. Ele gostava de ser celebrado em vida e gostaria de ser lembrado com a alegria que viveu. Ele nos pediu para que respeitássemos o desejo dele. E assim vamos fazer”, disseram familiares, em nota.
O empresário foi internado em 18 de julho de 2024, no Hospital Albert Einstein, para tratamento de H1N1, do qual se recuperou rapidamente. Porém, em 1º de agosto, voltou a ser hospitalizado para realizar exames, conforme informado pela assessoria de imprensa.
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