O Hezbollah confirmou neste domingo (29) que outra figura importante do grupo militante, Ali Karki, foi morta no enorme ataque aéreo israelense no sul de Beirute na sexta-feira (27).
O Hezbollah disse que Karki foi morto ao lado do líder do grupo, Hassan Nasrallah.
Karki era o comandante das forças da frente sul do Hezbollah no ano passado, disse o Hezbollah, e havia lutado em confrontos anteriores com Israel em 2000 e 2006.
No comunicado, as Forças de Defesa de Israel disseram que mais de 20 membros do Hezbollah “de vários níveis, que estavam presentes na sede clandestina em Beirute” foram mortos, incluindo Ibrahim Hussein Jazini – o chefe da unidade de segurança de Nasrallah.
Samir Tawfiq Dib – um conselheiro de longa data de Nasrallah – também foi morto, assim como Ali Naaf Ayoub, responsável pela coordenação do poder de fogo do Hezbollah, de acordo com as Forças de Defesa de Israel.
As FDI disseram que Jazini e Dib “estavam entre os associados mais próximos de Nasrallah”.
Não houve nenhuma palavra do Hezbollah sobre as mortes das pessoas identificadas no domingo pelos militares israelenses.
Entenda o conflito entre Israel e Hezbollah
Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões do Líbano nos últimos dias.
Na segunda-feira (23), o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.
A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.
Além disso, uma incursão terrestre não foi descartada.O Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.
Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.
No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. O governo brasileiro também avalia uma possível missão de resgate.