O MC Poze do Rodo se manifestou nas redes sociais logo após a ação policial em sua casa, no Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira (1).
A Polícia Civil deflagrou a Operação Rifa Limpa contra um esquema ilegal de sorteios de rifas pelas redes sociais. Um dos alvos é a esposa do MC Poze, Vivianne Noronha.
“Os ‘cana’ vieram aqui em casa, mandado de busca e apreensão… não foi sobre mim, foi sobre minha esposa. Hoje foi sinistro, mané”, afirmou em publicação.
O funkeiro disse que os policiais “levaram tudo”, entre carro, joias e celulares. A Polícia Civil ainda não informou um balanço oficial das apreensões.
“Quando favelado começa a ‘botar a bagaça no bolso’, incomoda. Mas ‘nós’ tá super tranquilo, não fizemos nada de errado”, declarou o artista.
Ele ressaltou que seus advogados já estão acompanhando o caso. “Creio eu que até semana que vem vai estar tudo resolvido”.
A Operação
A operação, chamada de “Rifa Limpa” tem como foco apreender documentos que comprovem fraudes nos processos de realização das rifas e dos itens sorteados aos supostos ganhadores.
Segundo a Polícia Civil do estado, a ação também tem o objetivo de cumprir dez mandados de busca e apreensão e desarticular a organização criminosa, uma vez que a suspeita é de que os autores também estejam envolvidos em lavagem de dinheiro.
Além de Vivianne, outras seis pessoas são investigadas por um suposto envolvimento no esquema:
- Roger Rodrigues dos Santos, conhecido como Roginho Dú Ouro
- Jonathan Luis Chaves Costa, conhecido como Jon Jon
- Leandro Medeiros, conhecido como Lacraia
- Bolívar Guerrero Silva, cirurgião plástico equatoriano
- Ítala, secretária do cirurgião plástico
- Edvania, secretária do cirurgião plástico
A CNN apurou que o médico equatoriano Bolívar Silva vendia rifas de procedimentos cirúrgicos, como implantes de silicone.
As investigações apontam que, ao divulgarem as atividades na internet, os influenciadores tinham, a partir de fraudes, o intuito de obter lucros ilícitos à custa de um grande número de pessoas que participavam dos sorteios.
A polícia destaca que os sorteios divulgados eram baseados em parâmetros da Loteria Federal, o que provocava uma falsa aparência de legitimidade e segurança no momento da publicação.
No entanto, a polícia ainda afirma que não existe uma auditoria oficial para verificar o ganhador real das rifas divulgadas. Além disso, os influenciadores utilizavam um aplicativo personalizado que, por sua vez, levantou suspeitas de fraude.
A Delegacia de Defraudações (DDEF), responsável pela ação, ressaltou que a realização de rifas exige autorização prévia da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria (Secap), ligada ao Ministério da Fazenda, e apenas instituições sem fins lucrativos têm permissão para promover esses sorteios.
A CNN tenta contato com a defesa da citada.