Homem é indiciado por matar e ocultar cadáver de menina de 13 anos em MG

CNN Brasil


Após a conclusão das investigações, a Polícia Civil de Minas Gerais indiciou nesta semana um homem de 54 anos que é suspeito de ter matado e escondido o corpo de uma menina de 13 anos que havia desaparecido em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, no dia 9 deste mês.

O indivíduo, que não teve o nome divulgado, foi indiciado por feminicídio e ocultação de cadáver. Ele foi preso em flagrante no dia do crime e segue na cadeia.

A polícia informa que as investigações começaram após a mãe da adolescente buscar a policia informando o desaparecimento da filha. Após diligências, a equipe chegou ao suspeito, que indicou o local onde havia deixado o corpo.

Segundo a mãe da vítima relatou aos policiais, a filha havia dito que iria para a casa da amiga, que ficava a um quilômetro e meio de distância da casa dela. O plano era irem juntas para a escola no dia seguinte, já que era o primeiro dia de aula.

Segundo o delegado Marcus Vinicius Silva Rios, os policiais analisaram as câmeras do trajeto que a vítima faria até a casa da amiga, e no caminho, além da menina, viram o carro do investigado passando por ela e, momentos depois, passando novamente.

“As imagens deixam claro que ele deu a volta para se encontrar com ela. Mas não pudemos ver o momento em que ela entrou no veículo, por ausência de câmeras no local”, explicou o delegado.

A mãe da vítima acrescentou ainda aos polícias que houve um tempo em que o suspeito mantinha uma igreja, e durante aquele período, a menina era bastante apegada a ele. “Ele pode ter oferecido carona, usado algum subterfúgio para que a vítima entrasse no carro com ele, sem necessariamente tê-la forçado”, completou o delegado.

Segundo as investigações, no dia do crime, o suspeito esteve com a vítima nos arredores de um lago próximo a uma rodovia. No momento em que ele percebeu que havia um casal observando-os, ele teria se assustado e rapidamente conduzido a vítima para dentro do veículo, saindo do local de ré, para não se aproximar das testemunhas.

No entanto, a pressa, e principalmente a maneira como ele deixou o local, fez com que o casal suspeitasse do homem, momento em que uma das testemunhas anotou a placa do carro e entrou em contato com a polícia. “Porém, por não haver elementos que justificassem uma perseguição, foi feito apenas o registro do ocorrido.”, esclareceu o delegado.

“Posteriormente, ao verem o cartaz produzido pela família sobre o desaparecimento, as testemunhas reconheceram a garota e entraram em contato com a família pelo número divulgado”, informou Rios. Em seguida, a mãe procurou a polícia.

A polícia aguarda agora os laudos de necropsia, e dependendo do teor, o indiciamento do suspeito pode ser alterado. “Alguns laudos mais complexos ainda estão pendentes, de maneira que não podemos afirmar, por exemplo, se houve ou não abuso sexual contra a vítima”, concluiu.



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