Um cocar indígena apreendido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) durante uma ação de fiscalização nos Correios foi doado para o Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP) em um encontro entre as instituições neste mês.
Segundo o Ibama, a peça, que tinha como destino Estocolmo, na Suécia, é composta por 105 penas de araras — 104 de arara-vermelha-grande (Ara chloropterus) e uma pena da cauda de arara-vermelha (Ara macao). As espécies de psitacídeos são protegidas por leis brasileiras e internacionais, e seu comércio internacional é regulamentado pela Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites).
A doação e o encontro foram considerados um passo importante para fortalecer a colaboração entre o MZUSP e o Ibama, para conservação da biodiversidade brasileira e para a conscientização da sociedade sobre a importância da proteção da fauna.
Durante o encontro, no dia 3 deste mês, os representantes discutiram temas de proteção da fauna brasileira, como a destinação adequada de materiais apreendidos em ações fiscalizatórias do Instituto e o potencial de utilização desses itens em atividades de conservação e educação ambiental.
“As instituições também abordaram o repasse de informações técnicas para subsidiar a tomada de decisões e a importância de uma maior integração institucional para otimizar os esforços em defesa da biodiversidade”, informou o Ibama.